Pela primeira vez em quase 70 anos, os Estados Unidos executarão uma mulher condenada no sistema penal federal. Conforme o Departamento de Justiça anunciou no último sábado, dia 17, Lisa Montgomery, que estrangulou uma mulher grávida no Missouri em 2004 antes de cortar sua barriga, remover e roubar o bebê, receberá uma injeção letal em 8 de dezembro.
Com cinco execuções em dois meses, governo Trump encerra hiato de 17 anos sem aplicação de pena capital em prisão federal nos EUA. A última mulher a ser executada pelo governo dos Estados Unidos foi Bonnie Heady, executada em uma câmara de gás no Missouri em 1953, de acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte.
A execução federal do criminoso Brandon Bernard, que com seus cúmplices assassinou dois jovens líderes religiosos em 1999, também está marcada para dezembro.
O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, disse que os crimes pelos quais essas pessoas foram condenadas à pena de morte foram “assassinatos especialmente hediondos”.
Quem é Lisa Montgomery?
Em dezembro de 2004, Montgomery dirigiu do Estado do Kansas até a casa de Bobbie Jo Stinnett, no Missouri, supostamente para comprar um cachorro.
“Uma vez dentro da residência, Montgomery atacou e estrangulou Stinnett, que estava grávida de oito meses, até que a vítima perdeu a consciência”, de acordo com um comunicado de imprensa do Departamento de Justiça.
“Usando uma faca de cozinha, Montgomery cortou o abdômen de Stinnett, trazendo-a de volta à consciência. Uma luta se seguiu e Montgomery estrangulou Stinnett até a morte”, acrescenta.
Montgomery então removeu o bebê do corpo de Stinnett e o sequestrou. O corpo de Stinett foi encontrado uma hora após sua morte por sua mãe, que imediatamente avisou os serviços de emergência.
Montgomery foi presa em sua casa no dia seguinte graças aos avanços da computação forense — permitiram sua identificação através da análise de conversas no computador de Stinett. O bebê, de um dia de idade, foi entregue aos cuidados do pai.
Em 2007, um júri a considerou culpada de sequestro e assassinato e recomendou por unanimidade a pena de morte. Os advogados de Montgomery defendiam que ela tinha distúrbios mentais devido a danos cerebrais sofridos devido a espancamentos que recebia na infância em casa — e que não deveria ser condenada a morte.
Com informações G1