Com poucos leitos disponíveis nos hospitais, Santa Catarina acende o alerta para os casos de febre amarela. A doença infecciosa é transmitida por um mosquito infectado com o vírus e, nos humanos, também pode levar à morte.
Em muitos casos, quem é diagnosticado com a doença tem a necessidade de leito hospitalar. E se a doença evoluir para uma fase mais grave, pode ser necessário o internamento na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O Estado já contabiliza a morte de 64 macacos por conta da febre amarela em 2021. Embora eles não transmitam a doença, isso significa que o vírus está circulando por Santa Catarina.
Conforme o boletim divulgado pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), a maioria dos animais foi encontrada na região da Serra catarinense. Foram 52 confirmações em nove municípios serranos. Até então, a região não tinha registro da doença.
Além disso, o Estado tem dois casos humanos confirmados em 2021. O primeiro, registrado em janeiro, foi de uma moradora de Taió, no Alto Vale do Itajaí, de 40 anos. O segundo foi confirmado em março, sendo um homem de 62 anos, morador de Águas Mornas, na Grande Florianópolis. Ambos não haviam se vacinado contra a doença.
Prevenção
O principal meio de prevenção é a vacina, que é encontrada de graça nos postos de saúde. Embora a cobertura vacinal para a febre amarela no Estado seja de 76%, algumas regiões apresentam índices abaixo desse número. Como a Serra, por exemplo, onde apenas 63% dos moradores são vacinados.
“Especialmente nos locais onde temos o registro das novas epizootias [morte ou adoecimento de macaco], é necessário que a população esteja vacinada. Na Grande Florianópolis e na Serra temos as coberturas mais baixas”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.
Todos os moradores de Santa Catarina com mais de nove meses devem receber a dose. Quem não tem certeza se já tomou a vacina, deve procurar uma unidade de saúde para conferir a caderneta de vacinação.
Poucos leitos disponíveis
Em muitos casos, quem é diagnosticado com a doença precisa de leito hospitalar, ou em casos mais graves, de internamento na UTI.
Dados do governo do Estado desta terça-feira (16) apontam que apenas 44 leitos de UTI do SUS (Sistema Único de Saúde) estão disponíveis em todo o Estado. A situação crítica acontece devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Os principais sintomas da febre amarela são:
- início abrupto de febre;
- calafrios;
- dor de cabeça intensa;
- dores nas costas e no corpo;
- náuseas e vômitos;
- fraqueza e cansaço;
- dor abdominal;
- pele amarelada.
Ao apresentar algum sinal ou sintoma, é importante procurar atendimento médico.
Para Arieli Fialho, gerente de imunização da Dive, o cenário da doença reforça a importância da vacinação.
“A febre amarela é uma doença grave e que pode levar à morte se não for diagnosticada e tratada rapidamente. A vacina é a melhor maneira de prevenir a doença. A dose é gratuita e está disponível nos postos de saúde”, alerta.
Com informações ND Mais