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Com avanço de doenças respiratórias em SC, máscara volta à discussão e governo prepara decreto

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Santa Catarina está em alerta para o avanço das doenças respiratórias. Boletim InfoGripe publicado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) nesta quarta-feira (1º) apontou que Santa Catarina está entre os 20 Estados que apresentam sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo da SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

Na semana de 22 a 28 de maio, um a cada quatro testes para detecção da Covid-19 teve resultado positivo, segundo dados do Lacen (Laboratório Central) do Estado.

Segundo a Fiocruz, a Covid-19 já responde por 59,6% dos casos de SRAG  identificados nas últimas quatro semanas.

Boletim divulgado pela SES (Secretaria de Estado da Saúde) nesta quinta-feira (1º) mostra que Santa Catarina está com 13.601 casos ativos da Covid-19. O número é 168% do que o registrado no dia 1º de maio.

Na semana de 22 a 28 de maio, um a cada quatro testes para detecção da Covid-19 teve resultado positivo, segundo dados do Lacen (Laboratório Central) do Estado.

De acordo com a última atualização da matriz de alerta epidemiológico, Santa Catarina tem 115 municípios em risco médio e 70 municípios em risco alto para Covid-19.

Até esta quarta-feira (1º), das sete crianças e bebês que aguardavam por um leito de UTI em Santa Catarina, seis apresentam problemas respiratórios.

O painel de leitos de UTI fornecidos pelo SUS mostra que a taxa atual de ocupação de leitos pediátricos e neonatais é de 97%. Já a taxa de ocupação geral está em 96,9%. Dos 1.049 leitos ativos no Estado, 1.017 estão ocupados.

Diante desse cenário, o governador Carlos Moisés (Republicanos) vai decretar situação de emergência em saúde no Estado. A decisão deve ser publicada nesta quinta-feira (2) ou mais tardar sexta-feira (3).

Recomendações de proteção contra os vírus

A Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) publicou uma nota com recomendações de proteção contra os vírus respiratórios. Entre elas, está a utilização de máscaras.

A medida faz parte de uma estratégia abrangente para proteção individual e coletiva contra infecções respiratórias, em especial a Covid-19. O órgão  ressalta que o uso e o descarte apropriados são essenciais para garantir sua eficácia e evitar riscos de transmissão.

Além da recomendação pelo uso de máscaras, outras medidas foram citadas para conter o avanço das doenças respiratórias. São elas:

  • Promover a vacinação contra a Covid-19 e a gripe (influenza);
  • Garantir que bebês prematuros e crianças pequenas (menores de 2 anos de idade) com certas doenças cardíacas e pulmonares sejam cadastradas pelas Secretarias Municipais de Saúde para receberem o medicamento Palivizumabe, como forma de prevenção da infecção pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório);
  • Realizar a testagem dos casos sintomáticos para Covid-19, orientando as medidas de isolamento diante da identificação de casos suspeitos, assim como o rastreamento dos contatos e a quarentena;
  • Higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão por pelo menos 20 segundos, auxiliando as crianças pequenas a fazerem o mesmo. Se água e sabão não estiverem disponíveis, utilize desinfetante à base de álcool ou álcool gel a 70%;
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;
  • Disseminar a prática da etiqueta da tosse, cobrindo a boca e o nariz com um lenço de papel ou com o antebraço ao tossir ou espirrar, jogando o lenço no lixo;
  • Limpar e desinfetar superfícies e objetos que as pessoas tocam com frequência, como brinquedos, maçanetas e dispositivos móveis;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes, evitando beijar ou compartilhar copos, talheres ou objetos pessoais;
  • Evitar aglomerações e, caso não seja possível, manter uma distância segura (de, no mínimo, um metro) de outras pessoas ou grupo de pessoas, evitando retirar a máscara nessas situações;
  •  Manter os ambientes bem ventilados, com portas e janelas abertas, de forma a permitir o fluxo de ar nos locais;

Orientar a população para que diante de sintomas gripais como febre, tosse, coriza, congestão nasal, dor de garganta entre outros é necessário procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento, utilizando a máscara e evitando a circulação em espaços públicos enquanto permanecer sintomático.

Máscaras

Em março de 2022, dois anos após a explosão de casos da Covid-19, o uso de máscaras deixou de ser obrigatório no Estado em função do avanço da vacinação contra o vírus da Sars-Cov-2.

Apesar disso, a SES (Secretaria de Estado da Saúde) reforçou, nesta quinta-feira (2), que o item segue sendo recomendado como uma das medidas de prevenção e proteção individual e coletiva para conter a transmissão de doenças respiratórias.

“Existem inúmeras evidências que o uso consistente e adequado de máscaras tem um grande efeito protetor tanto para evitar que pessoas infectadas transmitam o vírus, quanto para proteger as pessoas de se infectar”, informa a SES.

O uso de máscaras, junto com a manutenção de ambientes ventilados, evitar aglomerações e a lavagem frequente das mãos e a etiqueta da tosse, além da vacinação contra a Covid e influenza, são as principais medidas de prevenção contra as doenças respiratórias mais frequentes e graves que ocorrem durante o inverno, segundo a pasta.

Para a SES, isso significa que, em mais da metade dos municípios, o uso de máscaras é recomendado em locais públicos fechados e nos quais não for possível manter distanciamento, além de evitar aglomerações.

“No caso das escolas, nos municípios que se encontram em nível médio e alto, o uso de máscaras é recomendado, assim como para toda a população”, acrescenta a Secretaria.

Fecam quer reforço de medidas de prevenção

O consultor em Saúde da Fecam (Federação Catarinense de Municípios) , Jailson Lima, informou nesta quinta, que a entidade vai recomendar aos municípios que emitam notas técnicas de orientação para o retorno do uso de máscaras, sobretudo, em escolas e ambientes com aglomeração.

Além disso, quer que os municípios reforcem as medidas de prevenção aos vírus, como a higienização com álcool em gel. Outro fator considerado importante pelo consultor trata do estímulo à vacinação contra a Covid-19.

“A pandemia está deixando de ser silenciosa. Tinha reduzido um pouco a preocupação, mas agora o cenário está extremamente assustador, o que já era previsto. Vimos isso acontecer nos Estados Unidos e em países da Europa, quando começaram a flexibilizar as medidas de prevenção à doença”, afirmou Jailson.

Com informações ND Mais 

 

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