O governador Raimundo Colombo praticamente descartou o PMDB da aliança visando as eleições de 2018 e lançou o deputado Gelson Merísio candidato ao Governo de Santa Catarina, em encontro realizado na noite de terça-feira, 21, com prefeitos do PSD, em Florianópolis.
“A gente, se tem dívida, deve apenas ao povo de Santa Catarina, a mais ninguém. Nada nos amarra para impedir que façamos um projeto de sucesso”, disse.
O PMDB estaria cobrando um retorno do governador pelo apoio concedido nas eleições de 2010 e 2014. “A gente tem que fortalecer o apoio ao candidato Merísio, porque às vezes é muito difícil no início. Há muitos desafios pela frente e isso não se faz sozinho. A chave do sucesso é a união e o fortalecimento daqueles que vão carregar a bandeira”, declarou.
No encontro, estavam presentes ainda representantes do PSB, partido que já teria fechado a aliança em prol de Merísio para 2018.
Mas, no PMDB as declarações de Colombo ficaram engasgadas. “Estava absolutamente pressuposto. Por que iríamos apoiar o Raimundo duas vezes se não esperássemos reciprocidade? O cumprimento de acordos políticos se dá ou não se dá. Isso também é do jogo”, disse o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira.
O presidente estadual do partido, deputado federal Mauro Mariani afirmou ser natural que as legendas apresentem pré-candidatos, mas que Colombo deveria ser mais “comedido” ao defender um projeto partidário por ter sido eleito por uma aliança.
“Acho que ele avançou o sinal. Colocando em risco, inclusive, a governabilidade dele. O PMDB é um partido importante para o governo, importante para a sustentação. Daqui a pouco tem reflexos administrativos e de condução política”, afirmou.
Já o senador Dário Berger afirmou que o posicionamento de Colombo foi uma “infelicidade”.
Com informações do Diário Catarinense.