Uma mulher de 37 anos foi picada por uma cobra venenosa na noite de sexta-feira (3) em Ibirama, no Vale do Itajaí. De acordo com os Bombeiros Voluntário do município, a serpente estava dentro do terreno da residência da vítima, no bairro Taquaras.
A mulher informou que caminhava pelo local por volta das 19h20min quando sentiu uma picada na perna, próximo ao pé. Ela foi encaminhada ao Hospital Doutor Waldomiro Colautti.
O comandante dos bombeiros, Rudnei Pinsegher, disse que a cobra estava calma durante a captura. Ela foi levada para a sede dos bombeiros e deve ser devolvida à natureza. Segundo ele, a casa onde a serpente foi encontrada tem o quintal limpo, mas há muita mata ao redor.
A vítima, segundo o comandante, continua internada no hospital e seu estado de saúde é estável. A mulher faz tratamento com soro antiofídico e só deve deixar a unidade de saúde quando os sintomas passarem.
Orientações
Durante a tarde deste sábado (4) o biólogo e professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Gabriel Gonino, se reuniu com os bombeiros voluntários para dar um curso sobre a biologia das cobras venenosas e e os cuidados com acidentes envolvendo as jararacas.
De acordo com Gabriel, a serpente capturada em Ibirama é do gênero bothrops, conhecida como jararaca, e tem 1,2 metros de comprimento. Segundo ele, 90% dos acidentes envolvendo serpentes no Brasil são com jararacas.
Apesar de ser um animal perigoso, a orientação do professor é para que as pessoas não tentem matar a cobra, afugentar, jogar pedras, pedaços de paus, entre outros objetos. Os bombeiros alertam para a lei 9.605/98, que trata de crime ambiental matar animais silvestres.
A orientação é ter comportamento preventivo. Gabriel indica que as pessoas mantenham o quintal limpo, sem acúmulo de materiais como madeiras e telhas, que acabam atraindo animais como ratos, que são alimentos para as serpentes.
— E sempre que for manusear esses materiais, deve-se usar equipamentos de proteção — indica.
Em caso de picada, o mais adequado é manter a calma, lavar a região atingida com água e sabão, chamar os bombeiros e procurar atendimento médico o mais rápido. Se possível, o animal deve ser levado à unidade de saúde para que o médico identifique a espécie e aplique o soro mais adequado. Porém, mesmo que não dê para capturar o animal, é preciso ir até o hospital, pois, através dos sintomas, o profissional também pode indicar o melhor medicamento.
Os sintomas da picada são inchaço, dor local, alteração na urina e sangramento desde o local da picada até nas gengivas e em ferimentos recentes.
Fonte: NSC Total.