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Carne de frigoríficos interditados começa a ser recolhida do mercado, em SC

Fiscais sanitários de Santa Catarina começam nesta quarta-feira (29) a vistoriar supermercados para recolher lotes de produtos de empresas interditadas na operação “Carne Fraca”. As investigações são sobre marcas que fabricavam embutidos, salsichas e linguiças.

A medida ocorre porque que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na terça (28) uma resolução em que determina o recolhimento dos produtos. Em Santa Catarina, a gerente de inspeção e monitoramento de produtos Simone Stolt informou que a Vigilância está fazendo a notificação dos municípios.

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“Começamos na tarde de terça o trabalho de comunicação, atingindo boa parte dos municípios catarinenses e a ação deve se estender pelos próximos dias”, explicou.

Municípios têm autonomia
Conforme Simone, os municípios podem fazer a retirada de produtos, sem esperar pela Vigilância Sanitária.

“Já existe uma resolução publicada que permite ao município tomar a sua ação sanitária. Essas empresas investigadas fabricavam predominantemente embutidos, então, serão retiradas salsichas, linguiças, o foco dessa ação será neste tipo de produto”, relatou.

Segundo a gerente de inspeção, os consumidores devem ficar atentos ao código do Serviço de Inspeção Federal (SIF) dos produtos que adquirem, para não correr o risco de levar para casa artigos de empresas interditadas.

“Esse SIF é como se fosse o RG da empresa, e todo produto desenvolvido por ela levará este número”, detalhou.

Empresas investigadas pela operação “Carne Fraca”:
Peccin Agro Industrial, unidade de Curitiba (PR) (SIF 2155)
Peccin Agro Industrial, unidade de Jaraguá do Sul (SC) (SIF 825)
Souza Ramos, da fábrica em Colombo (PR) (SIF 4040)
Transmeat, do frigorífico em Balsa Nova (PR) (SIF 4644) 

Investigação
Por enquanto, os produtos serão retirados de circulação e ficarão em um depósito, já que não há comprovação de irregularidades, as empresas estão apenas sob investigação.

“A Vigilância Sanitária vai proceder uma busca ativa desses produtos no comércio varejista e deixar interditado como medida de cautela, como determina a resolução, até que a situação seja completamente esclarecida”, informou.

De acordo com Simone, o Ministério da Agricultura conduz a inspeção desses produtos e assim que fizer a publicação e determinação final da investigação, esse produto pode retornar ou não ao mercado.

“A medida cautelar tem um prazo legal de 90 dias, acreditamos que dentro desse período a situação seja resolvida. Como não obtivemos o mapa de distribuição das empresas, não temos certeza de onde os produtos possam ser comercializados, por isso, vamos procurar em todo comércio varejista”, explicou.

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