A Câmara Municipal vai encabeçar a criação de um Conselho Municipal de Segurança. A definição aconteceu em audiência pública realizada nesta terça-feira, 9, que contou com a presença de diversas autoridades e representantes de entidades.
O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Valmor de Paula, que organizou o evento, salientou a criação do novo Conselho. “Claro que toda a comunidade e as entidades que participaram da audiência pública estarão envolvidas, porque foi construído um conjunto de propostas e esta implementação vai depender da participação de todos os membros da sociedade”, destacou.
Valmor ainda enfatizou a proposta da Associação Empresarial de Caçador (ACIC) para que haja uma colaboração do comércio e das indústrias na aquisição de câmeras de segurança. “Temos certeza que o combate à violência não significa apenas o poder público trabalhar, mas sim todo o conjunto da sociedade”, completou.
Auri Baú, que representou a ACIC, salientou a proposta da ACIC. “Trouxemos alguns exemplos de reuniões que tivemos na Facisc, onde municípios vizinhos estão tomando iniciativas, como, por exemplo, a criação de um fundo para a aquisição de câmeras, onde os cidadãos podem contribuir e fazer a doação para o município, bem como a lei seca nas vias públicas”, afirmou.
Já o tenente Coronel Turíbio, que representou o comando estadual da Polícia Militar, ressaltou o trabalho de prevenção que é feito através do Proerd e a importância da criação do Conselho de Segurança. “Ficamos muito contentes com as referências positivas com relação ao Proerd e este Conselho pode vir a contribuir com este programa”, acrescentou.
Na questão da infância e adolescência, o juiz André Milani, responsável pela área em Caçador, destacou que são dois pontos fundamentais a serem considerados. “O adolescente, que está em conflito com a lei, tem dois sintomas em essência: ou a desestrutura familiar ou a incidência com a droga. Por isso, a prevenção vem trazer resultados positivos nesta questão”, garantiu.
Na mesma linha, o promotor Glauco José Riffel, enfatizou a questão da prevenção. “Para isso, temos que ter mais educação, combate à evasão escolar, mais oportunidades de profissionalização para os jovens e adolescentes. Sem essas medidas, vai haver sempre um crescente na criminalidade”, ressaltou, lembrando que o combate às drogas também é essencial. “Mais de 90% dos crimes estão ligadas às drogas, já que as pessoas ou são usuárias ou são traficantes”.
O promotor finalizou afirmando que existe também uma necessidade de tratamento dos viciados em drogas. “A Prefeitura e o Estado têm que dar condições para que estas pessoas sejam tratadas, pois sem isso, as pessoas vão acabar cometendo crimes para comprar mais drogas”, finalizou.