Caçador mata onças-pardas em SC e divulga vídeo nas redes sociais comemorando o crime

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Duas onças-pardas, também conhecidas como suçuaranas (Puma concolor), foram maltratadas e mortas em uma floresta da Mata Atlântica, em Santa Catarina, por caçadores que filmaram os crimes e ainda os divulgaram nas redes sociais.

Em um dos vídeos, que viralizaram nesta sexta-feira, 17, aparece um homem, identificado como Lauri Sutil Narciso, ex-vereador da cidade de Agrolândia e hoje servidor da Secretaria de Obras, segurando a cabeça decapitada de um filhote. “Ó rapaziada, o rapaizinho se bobeou comigo, deu assim, ó. É meu recado proceis: não se bobeiem comigo (sic).”
Em outro, é possível ver uma correria e ouvir vários cachorros latindo atrás de uma fêmea, adulta, mãe do filhote. Ela é agredida com pauladas e atacada pelos cães até o momento em que se ouvem disparos e ela é morta.

Duas onças-pardas, também conhecidas como suçuaranas (Puma concolor), foram maltratadas e mortas em uma floresta da Mata Atlântica, em Santa Catarina, por caçadores que filmaram os crimes e ainda os divulgaram nas redes sociais.

Em um dos vídeos, que viralizaram nesta sexta-feira, 17, aparece um homem, identificado como Lauri Sutil Narciso, ex-vereador da cidade de Agrolândia e hoje servidor da Secretaria de Obras, segurando a cabeça decapitada de um filhote. “Ó rapaziada, o rapaizinho se bobeou comigo, deu assim, ó. É meu recado proceis: não se bobeiem comigo (sic).”

Em outro, é possível ver uma correria e ouvir vários cachorros latindo atrás de uma fêmea, adulta, mãe do filhote. Ela é agredida com pauladas e atacada pelos cães até o momento em que se ouvem disparos e ela é morta.

Os vídeos geraram revolta e reforçaram a campanha contra um projeto de lei de autoria do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), em tramitação na Câmara dos Deputados, que regulamenta a caça de animais silvestres no Brasil.

Agentes do Ibama, em conjunto com a Polícia Militar do Estado, identificaram os caçadores e os autuaram em R$743,5 mil por maus-tratos e a morte dos animais. A espécie está ameaçada de extinção no País.

Javalis

De acordo com Leonardo Tomaz, chefe de fiscalização do Ibama em Santa Catarina, os autores cometeram quatro infrações na lei de crimes ambientais. Além da morte de um animal ameaçado de extinção, os caçadores se valeram indevidamente de uma autorização que tinham para o controle de javalis para caçar os animais silvestres.

O abate do animal exótico, que é uma espécie invasora considerada praga no País, é permitida desde que com autorização do órgão ambiental. Com esse registro, a pessoa pode comprar armas de fogo. Segundo Tomaz, os criminosos usaram essa arma para caçar as onças.

“Infelizmente esse é um exemplo de um problema que temos visto no País. Muitos caçadores usam dessa ferramenta de controle de um animal que é nocivo, como o javali, para fazer a caça de animal silvestre”, afirma Tomaz.

“Além disso, entendemos que, ao efetuar a filmagem e encaminhá-la em rede social, ele usou de modo indevido imagem de animais silvestres se vangliorando dos maus-tratos”, complementa.

Outro lado

A reportagem tentou contato com Narciso por meio de seu filho José Nilson Sutil, que disse que o pai estava na fazenda, não tem telefone e não poderia ser encontrado. Ele afirmou que o “leão” (como a espécie é chamada no local) estava comendo ovelha e gado dos vizinhos de Narciso. “Mas isso faz um tempão, uns 3, 4 anos atrás, o vídeo foi rodando, rodando e agora que caiu na internet e começaram a falar, falar”, disse.

Ele reconhece que o pai fez algo errado. “Mas tá todo mundo falando que ele tem de ser preso, tem de ser morto, mas ninguém lembra que quando ele era vereador, todo mundo vinha pedir ajuda na porta de casa e ele ajudava os outros. Às vezes faltava comida em casa porque ele dava pros outros. Isso ninguém fala. E tem tanta gente que mata, estupra, rouba e não vai pra cadeia e ele vai ser julgado por matar onça?”

Segundo o Observatório de Justiça e Conservação, Narciso, juntamente com outros vereadores de Agrolândia, este envolvido em um escândalo em que servidores públicos foram passear em Foz do Iguaçu e fazer compras no Paraguai com dinheiro público. O desvio foi calculado em R$ 11.741,44.

Com informações Estadão

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