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Caçador é a única cidade de SC a apresentar queda na inadimplência

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Santa Catarina teve aumento de 0,9% na inadimplência de dezembro para janeiro de 2020. A cidade de Caçador apresentou alta de -0,6%.  Para o acumulado de 12 meses até janeiro de 2020, Santa Catarina registrou crescimento de 8,7% da variação da inadimplência. Caçador teve variação de 7,1%.  Foi a nona maior variação da inadimplência entre as 10 cidades pesquisadas.

O Indicador de Registros de Inadimplentes cresceu 0,9% e o Indicador de Recuperação de Crédito do Consumidor 0,3% na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020 em Santa Catarina, de acordo com os dados da Boa Vista/FACISC. Esse é o segundo ano consecutivo de crescimento do indicador nesta base mensal de comparação.

Em relação à inadimplência, o resultado foi maior nas cidades de Rio do Sul (1,6%) e Chapecó (1,4%).  Apenas Caçador registrou queda no indicador (-0,2%) no mês. Quando analisado a recuperação de crédito, com exceção de Rio do Sul (1,0%) e Chapecó (0,3%), as outras oito cidades pesquisadas registraram queda no indicador, onde os maiores recuos se deram em Florianópolis (-1,6%). Tubarão (-1,3%) e Lages (-1,2%).

Segundo o economista da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, Facisc, Leonardo Alonso Rodrigues, o resultado acumulado em 12 meses demonstra uma sinalização de crescimento da inadimplência em relação a um período de quedas sucessivas do indicador, que desde setembro de 2014 mantinha recuo. “Para o acumulado de 12 meses até janeiro de 2020, Santa Catarina registrou crescimento de 8,7% da variação da inadimplência e de 3,6% na recuperação de crédito ao consumidor no estado”.

Para o presidente da Associação Empresarial de Caçador (Acic), Moacir José Salamoni, a queda da inadimplência em Caçador reflete o fortalecimento da econômica local, com maiores investimentos das empresas em seus parques fabris e consequente aumento na contratação de trabalhadores. “A economia de Caçador está crescendo a passos largos. Isso fica evidenciado através do aumento no índice de participação do retorno do ICMS. Em 2018, a cidade registrou um crescimento nas exportações de 25,2% em relação a 2017. São 21 empresas exportadoras em Caçador, cidade que é a 7ª maior exportadora de Santa Catarina.

Representa 2,2% da exportação do Estado. Desde 2015 a cidade registra aumento nas exportações. Destaque para o setor de móveis e madeira (20% de crescimento), sendo a principal exportadora do setor no Estado. Outro destaque é o setor de couro e calçados, que concentra 70% das exportações de Santa Catarina”, comenta.

Inadimplência

Pelo lado da inadimplência, a variação foi maior nas cidades de Rio do Sul (16,9%), Blumenau (14,7%), Chapecó (13,4%) e Joinville (15,0%). “Nenhuma das cidades pesquisadas registraram queda no indicador nesta base de comparação”, explica. Pelo lado da recuperação de crédito, a variação foi maior nas cidades de Blumenau (26,2%), Rio do Sul (24,1%), Criciúma (22,1%), Chapecó (21,2%) e Tubarão (19,3%).  Nenhuma das cidades pesquisadas registraram queda no indicador de recuperação de crédito nesta base de comparação também.

Santa Catarina no contexto nacional
No Brasil, o Indicador de Registros de Inadimplentes registrou queda de -2,0% e o Indicador de Recuperação de Crédito do Consumidor recuou -2,9% para o resultado acumulado em 12 meses (até janeiro de 2020). “No contexto nacional, Santa Catarina foi o estado que auferiu o maior crescimento pelo lado da inadimplência (8,7%) e o nono maior crescimento pelo lado da recuperação de crédito do consumidor (3,6%)”, detalha o economista.

O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, explica que o resultado dos indicadores deriva de uma recuperação do crescimento econômico no estado mais acelerado do que acontece no país, tanto na produção, vendas, bem como na geração de empregos. “Os números atuais podem estar revelando um movimento econômico mais expressivo no estado, refletidos nos indicadores também de inadimplência e recuperação de crédito”.

Em 2019, Santa Catarina registrou crescimento de 71.406 vagas de empregos formais e mantêm a menor taxa de desemprego do país (5,3%). “Entre esses fatores, como um maior volume de vendas e aumento do consumo, parte dos compromissos realizados no período deixaram de ser honrados, impactando na variação da inadimplência. Por outro lado, com um aumento do emprego e recuperação da renda, parte das famílias catarinenses registram um reequilíbrio dos compromissos, elevando assim também a recuperação de crédito”, explica o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

 

 

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