Bolsonaro rejeita ex-comandante da PMSC para assumir Secretaria Nacional de Segurança Pública

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O nome do coronel Carlos Alberto Araújo Gomes, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Estado (PMSC), “não passou pelo crivo do presidente Jairo Bolsonaro” como candidato a assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

A informação é do coronel da reserva Marlon Tezza, presidente da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares (Feneme), em comunicado enviado para integrantes da entidade nesta terça-feira (23) ao qual o Portal JusCatarina teve acesso.

Em um trecho da mensagem, o presidente da Feneme diz que o nome do ex-comandante da PMSC “foi descartado, não por critérios técnicos, mas sim por outros motivos que não foram explicados”.

Diz o texto compartilhado no WhatsApp:

“Lamentavelmente ficamos sabendo de fontes seguras que o Coronel Araújo Gomes foi descartado para SENASP, frustando nossas expectativas.

O Cel PMSC Araújo Gomes NÃO será o Secretário Nacional de Segurança Pública, já que NÃO passou pelo crivo do Presidente Bolsonaro que não o aceitou.

Como informação adicional repasso que ele foi convidado para SENASP pessoalmente pelo Ministro da Justiça e por isso deixou o Cmdo Geral da PMSC, conforme orientação, interrompendo sua carreira, no entanto agora foi descartado, não por critérios técnicos, mas sim por outros motivos que não foram explicados.

Perde PMSC, pois perdeu um grande Cmt Geral.

Perde as Instituições Militares Estaduais e DF pois pederam o seu presidente do CNCG.
Perde o Brasil que teria à frente da SENASP um excelente gestor técnico.

Perde a FENEME, pois juntamente, como todos sabem, com outras entidades Nacionais de Segurança

Pública, apoiamos formalmente ao próprio Presidente e ao Ministro da Justiça e fomos ignorados.

Transparece que representamos pouco no cenário Nacional.

Mas a vida segue, nada como o amanhã.

Esperamos que a SENASP seja colocado em boas mãos.”

Ala ideológica

Como informaram o Portal JusCatarina e o Blog do Prisco, Araújo Gomes sofreu forte resistência da chamada ala ideológica do governo federal. Apesar das reconhecidas qualidades técnicas, a proximidade com o governador Carlos Moisés, que se elegeu na onda Jair Bolsonaro e depois procurou se afastar do presidente, sendo visto como “traidor” do bolsonarismo, e algumas manifestações em redes sociais no passado eram os principais obstáculos a serem superados pelo ex-comandante.

Em maio, a Frente Parlamentar Mista da Segurança Pública do Congresso emitiu nota exortando o presidente da República apôr termo “à covarde investida que tem sido feita” contra a nomeação de Araújo Gomes.

A nota, assinada pelo presidente da Frente Parlamentar, deputado federal Capitão Augusto, afirma que “desde que a sua escolha para o referido cargo foi anunciada pela mídia, se iniciou, por parte de alguns insatisfeitos, uma orquestrada e covarde série de ataques, com mentiras, montagens e descontextualizações de fatos”.

E prossegue: “O currículo do Coronel Araújo Gomes assegura a sua qualificação técnica e moral para o cargo, inclusive por isso, segue à frente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil”.

Mesmo com toda a mobilização, de acordo com Tezza, a nomeação está descartada.

Com informações Jus Catarina 

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