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Bolsonaristas agridem jornalista durante cobertura em frente a quartel do Exército

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Um repórter fotográfico do jornal Hoje em Dia foi agredido nesta quinta-feira, dia 6, por um grupo de bolsonaristas que participava de manifestações antidemocráticas em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar, na avenida Raja Gabaglia, na região Oeste de Belo Horizonte.

De acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o profissional sofreu um corte na cabeça e foi levado para uma unidade de saúde. A câmera dele foi roubada e as lentes foram destruídas. A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência.

Cerca de 100 pessoas ocupavam o acampamento, montado desde o dia 31 de outubro de 2022, no momento da agressão. Mesmo após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), muitos apoiadores de Jair Bolsonaro seguem mobilizados no entorno de quartéis do Exército.

“Infelizmente, 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, Minas Gerais”, destacou a Fenaj em um texto sobre a situação.

A federação lembrou que os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa desde o resultado do segundo turno das eleições. Um levantamento na Fenaj e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) aponta que pelo menos 70 episódios de violência contra a categoria foram registrados no país.

“Ao mesmo tempo em que nos solidarizamos com o repórter fotográfico do Hoje em Dia, solicitamos às empresas jornalísticas que pautem a cobertura desses acampamentos somente com a garantia de segurança para seus profissionais. Pedimos, ainda, que as autoridades reforcem a vigilância em atos antidemocráticos. Ofício neste sentido foi enviado ao Ministério da Justiça e à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom) para que as providências cabíveis sejam tomadas. É preciso dar um basta à violência contra os trabalhadores e garantir o exercício livre e seguro do jornalismo no Brasil”, completou a Fenaj.

Com informações Oeste Mais 

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