O prefeito eleito de Caçador, Saulo Sperotto, divulgou uma nota na sua página no Facebook na tarde desta quinta-feira, 22, afirmando que a atual administração, encabeçada por Beto Comazzetto, simplesmente ignorou os mais diversos pedidos para que atitudes não fossem tomadas, como por exemplo, a renovação do contrato com a Casan.
Confira a nota, na íntegra:
Em virtude das últimas ações da atual administração de Caçador e considerando os comentários que tem circulado pela cidade e nas redes sociais, cabem alguns esclarecimentos referentes à transição de governo.
1 – Logo após as eleições, o Ministério Público propôs um Termo de Ajuste de Condutas entre os vencedores e os prefeitos que deixarão o cargo no próximo dia 31, para realização da troca de informações sobre a situação da Prefeitura. Aderimos prontamente a este TAC, mas o atual prefeito preferiu não assiná-lo, sequer comparecendo às duas reuniões em estivemos presentes na Promotoria. Nem sequer o decreto que nomeava a equipe de transição foi editado, o que comprova que não tivemos uma transição de fato e de direito.
2 – Nas poucas vezes que conversamos com o atual prefeito, fizemos algumas solicitações simples, que de modo algum afetariam sua gestão. Pedimos que novas contratações não fossem efetivadas, que novas licitações que impactassem nosso mandato não fossem lançadas e que contratos de alto valor ou de necessidade questionável não fossem renovados. Foram solicitações simples que, infelizmente, não foram atendidas.
3 – Entendemos que o processo de transição entre governos deve ser feito com seriedade e transparência, pois visa dar continuidade a ações essenciais para a população. Contudo esse não foi o compromisso da atual gestão, que sempre demonstrou estar desinteressada no processo, nos atendendo mais por receio do Ministério Público do que por compromisso com a cidade, e sempre com informações não confiáveis que parecem não espelhar a realidade do Município.
4 – Tendo em vista que nossas sugestões, em nenhum momento, foram acatadas, nada temos a ver com o fechamento de Postos de Saúde, a ruptura de convênios ou a renovação do contrato com a Casan. Estas são decisões que couberam única e exclusivamente ao atual prefeito e cuja motivação não se tem conhecimento.
5 – O desequilíbrio das contas públicas, já atestado pelo Tribunal de Contas, que recomendou a rejeição das contas do prefeito de 2014 e 2015 e a real situação administrativa de Caçador serão conhecidos, na sua inteireza, apenas quando tomarmos posse e iniciarmos a nossa administração. Frente à falta de transparência, a situação da Prefeitura é uma incógnita para a nossa administração.
6 – A partir do dia 1, reveremos todas as decisões que impactam em nosso mandato e sobre as quais não tivemos qualquer participação. Tudo dentro da legalidade, com a mais absoluta transparência e a participação do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Por fim, cabe insistir no que viemos defendendo desde a campanha eleitoral. Iremos fazer um governo responsável, enxuto, valorizando os servidores, sem inchar a máquina. Eficiência e economia estarão na ordem do dia desde o primeiro segundo de nosso mandato.
E acima de tudo, o respeito e o amor que sempre tivemos por Caçador.
