A Justiça de Santa Catarina condenou um avô a 23 anos de prisão por abusar sexualmente da própria neta por várias vezes quando ela tinha apenas sete anos. O caso ocorreu em um município da Comarca de Fraiburgo e chegou à Justiça através de uma denúncia oferecida pelo Ministério Público, embasada nas investigações de órgãos competentes.
A Promotora de Justiça Andréia Tonin diz que a condenação traz um pouco de alívio para a família e mostra que a rede de proteção está atenta para identificar e punir esse tipo de crime.
“Normalmente as vítimas sofrem ameaças dos agressores, mas os sinais demonstrados por elas no dia a dia acabam mostrando que há algo errado, e a situação acaba vindo à tona. O Ministério Público, por sua vez, está aí para buscar a justiça”, diz ela.
O avô morou na casa da filha e da neta entre janeiro e março de 2019
Segundo o processo, o homem morou na casa da filha entre janeiro e março de 2019. Nesse período, ele usou da autoridade exercida sobre a neta e abusou sexualmente dela várias vezes, em momentos em que os dois ficavam sozinhos na residência.
Nas primeiras vezes, ele mostrava as partes íntimas e pedia para a criança beijar. Até que em uma noite, a menina apresentou um comportamento estranho, o que chamou a atenção da mãe.
Questionada, a vítima acabou contando que o avô havia a obrigado a praticar conjunção carnal e outros atos em diferentes momentos, o que a deixou com dores pelo corpo. No mesmo dia, o homem saiu de casa sem dar nenhuma satisfação e nunca mais voltou.
Desesperada, a mulher levou a filha para o hospital e no dia seguinte acionou a polícia e o Conselho Tutelar. Uma investigação foi iniciada e resultou na denúncia e condenação do acusado.
“A atitude dessa mãe serve de exemplo, pois ela procurou os órgãos competentes logo que soube do acontecido, mesmo sabendo das consequências que o próprio pai poderia sofrer”, conclui a Promotora de Justiça.
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