É, meus amigos, agora é oficial. Está difícil entrar nas redes sociais. Não basta as pessoas estarem em rotinas desgastantes de trabalho, compromissos, família. Agora elas precisam usar seus celulares e computadores pra disseminar seu mau humor. E o que mais me deixa perplexo, é que poderíamos achar que são uns pobres coitados, que não tenham oque vestir, comer, aonde dormir, sofram de alguma doença grave, ou ainda tenham sofrido algum tipo de mutilação, sejam cadeirantes, amputados ou ainda andem de muletas ou dependam de outras pessoas para poder sair do lugar.
Eu queria mesmo acreditar que pudessem ter algum problema realmente sério. Mas não, meus amigos… São pessoas que vivem muito bem. Têm de tudo e mais um pouco, moradia, carro, bom emprego, saúde, educação e muito mais. Desfrutam de lazer, frequentam bares, clubes e cinemas. Motivos para estar ou ser estressados são mínimos.
E, por mais incrível que isso possa aparentar, são a leva de pessoas que mais se queixam da vida. Perpetuam a prepotência do seu mau humor nas redes sociais, pregando o que deve ser feito ou não pelo povo que acorda bem humorado. “Mau humor é coirmão da arrogância e da prepotência”, escrevam isso nobres amigos, um esta associado ao outro.
Em contrapartida, faço a ressalva e minha grande admiração aos bem humorados nossos de cada dia. Esses sabem viver, descobriram que às vezes é preferível enfrentar os desafios da vida sorrindo, do que propagar a negatividade da reclamação. Afinal, todas as reclamações e queixas trazem consigo uma leva de negatividade.
Mas pessoas bem humoradas não sabem oque é isso – são maduros. Sabem que rede social é lazer e entretenimento. Lugar sagrado para a leitura de alguns bons textos, frases de otimismo e positividade, sala de jogos e desafios dos mais diversos.
Compreendem sabiamente que devemos deixar a seriedade para as horas que são realmente necessárias: no velório, no trabalho, no compromisso nosso de cada dia, que demanda foco e atenção – Mas não nas redes sociais. Essa história de pagar de certinho demais enoja. Repudiam jogos e desafios, mas clamam por um mundo melhor e mais feliz.
Esse é o verdadeiro mala sem alça, o chato de carteirinha. O hipócrita, porque perpetua o falso moralismo. Deseja e anseia uma coisa e perpetua outra. Pensa que todos além de terem que ler suas infinitas queixas, precisam estar no mesmo barco depressivo que ele.
Eu compreendo que nem todos os dias estamos aptos a sair distribuindo alegria e sorrisos aos 4 cantos, que existem dias entediantes, horrorosos, que você quer mais que eles terminem. Mas tenho comigo que propagar todo esse desconforto em rede social também não vai ajudar a resolver teu problema.
Muito pelo contrário, vai criar outro. É a semente pra que outra pessoa se ache no mesmo direito que você, e com isso, ramificam-se as cadeias de mágoas, angústias, mazelas, problemas e frustrações.
Compreendo esse estado de espirito. A vida no mesmo tempo que é sabia, é realmente injusta. Mas será mais injusta ainda se você não amadurecer e aprender, nem que seja a duras penas que você tem que saber lidar com seus problemas e frustrações sozinho.
Ninguém além de você está no controle da aeronave da sua própria vida. O destino e a forma da condução é você quem escolhe. Todos os dias temos não só a oportunidade, mas o dever da humildade de olharmos para nos mesmos e a nossa volta e, por alguns instantes, refletirmos se nossas queixas tem algum motivo realmente válido.
Refletirmos se, por um acaso, não estamos valorizando demais os maus bocados da vida, em detrimento de tantas outras infinitas coisas boas que a vida nos reserva.
Entendo também o direito que você tem de expor oque sente e pensa desse mundo cruel, desse mundo bandidooo (Ei Moleque, Jhon Bala Jones, 2002). Mas tente mudar mais uma vez a forma de ver as coisas. Existem muitos exemplos de pessoas que passaram por problemas e enfrentaram muitas dificuldades piores que a sua e sorrindo, deram a receita de suas vitórias.
Bom humor e alegria podem não ser a chave para o sucesso, mas fazem parte da sua composição. Ajude a fazer o bem e caso não queira, pelo menos não propague a negatividade. Já temos problemas demais, cada um como seus.
Tenho certeza que se vocês colocarem seus problemas em pilhas e quiséssemos trocá-los ao vermos cada um os problemas dos outros, certamente pegaríamos os nossos de volta. Maturidade não é só saber a hora certa de brincar, mas entender que criticar, reclamar de barriga cheia, além de ser ingratidão, não ajuda em nada.
E se é pra reclamar, reclamam pelos cotovelos de quase tudo, nada agrada, aparenta uma certa frustração.
Frustração e falta de respeito pelo gosto do outro. É um muro virtual das lamentações. É a fraqueza enrustida, porque, enquanto valorizamos tanto o gosto do outro, perdemos mais uma grande chance de satisfazer ou valorizar ainda mais um gosto nosso.
Eu não postei nenhuma corrente, desafio ou brincadeira do gênero. Mas não preciso de serviço ou algum lote pra carpir pra pensar que o mundo tá essa coisa chata por vermos se criar cada vez mais pessoas egoístas que não sabem respeitar o gosto e a opinão do outro.
Chato não é quem fica brincando, esses até que são legais. Chatos são vocês que são tão egoístas a ponto de pensarem que tudo tem que agradar a vocês. Vocês são chatos pra cara…
E continuem nesse mundinho sem brilho de vocês. E continuem tentando apagar o brilho de quem tem a luz do bom humor.
E DELE PAU na negatividade… que se juntem tudo, cavem um buraco e se enterrem.
Fujam para as colinas… Mas tenham pelo menos um pouco de altruísmo e sensatez: não propaguem a onda negativista e a intolerância pelo outro e sua bela forma de enxergar a vida.
O mundo e as redes sociais agradecem, por gentileza e fazendo-nos um favor.
