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As Articulações e a nossa rigidez

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As Articulações e a nossa rigidez

(do livro A Doença como Caminho)

 

São elas as responsáveis por nossos movimentos. Muitos sintomas que surgem nas articulações levam à inflamação e à dor: estas, por sua vez, provocam uma limitação nos movimentos que chega à rigidez. Quando uma articulação enrijece, isso demonstra que o paciente se enrijeceu diante de alguma coisa. Uma junta rígida perde sua funcionalidade. Pelo mesmo critério, se resistimos a determinado tema ou sistema estes também perdem sua função para nós. Um pescoço duro, rígido, revela a obstinação de seu dono. Na maioria dos casos, basta ouvir a linguagem para se descobrir a informação transmitida por um sintoma. Além da inflamação e do enrijecimento, as juntas estão sujeitas a deslocamentos, esmagamentos e contusões, e à torção dos ligamentos. Também o que se diz acerca desses sintomas é muito esclarecedor; basta deixar que as seguintes afirmações fluam na nossa mente: podemos esticar um assunto – podemos ir longe demais – podemos dar uma prensa em alguém – podemos fazer pressão sobre alguém – podemos ficar hipertensos ou superestressados, ou podemos estar um pouco “virados”.

Se alguém se fixa numa posição extrema é possível forçar essa pessoa a continuar nela e ir mais além, até descobrir o ponto de mutação, a partir do qual seja possível retornar ao centro. Só se sai rapidamente de uma determinada posição quando se vai direto ao cerne da questão.

A maioria das pessoas faz as coisas pela metade, e é por isso que ficam presas em seus próprios pontos de vista e comportamentos habituais; com isso acarretam poucas mudanças.

A fluidez pressupõe uma capacidade de troca. Na medida em que deixamos de realizar a troca, os sintomas que aparecem na psique exercem um efeito de constrição e bloqueio também no contexto corporal.

A mobilidade exterior sempre se correlaciona a uma mobilidade interior. Se nossa consciência estagna por preguiça, ou se nossas opiniões se cristalizam em visões e julgamentos fixos, nosso corpo também.

Heráclito disse: “tudo flui”. Todo tipo de vida polarizada se define como movimento e troca. Toda tentativa de apego a um dos polos acaba por levar à estagnação e à morte. O estado de uma existência eterna e imutável só pode ser encontrado além da polaridade.

É aí que vigora uma lei um tanto irônica, da qual ninguém pode fugir: o ser humano se ocupa mais com aquilo que ele não quer. Ao fazê-lo, aproxima-se tanto do princípio rejeitado que acaba por vivê-lo! A rejeição de qualquer princípio assegura que a pessoa viva esse mesmo princípio.

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