Depois de uma longa reunião com a cúpula do PSB, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin selou a sua filiação ao partido nesta segunda-feira (7) e para ser o vice na chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva.
A data da filiação ainda não foi definida, mas a ideia é que ela ocorra ainda neste mês, antes do prazo final estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No encontro, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, apresentou ao ex-governador um mapa com o cenário do PSB nos Estados. Alckmin pediu tempo aos pessebistas para conversar com seu grupo político, que deve segui-lo e, assim, reforçar a chapa de candidatos proporcionais (a deputado) da sigla em São Paulo.
A ida de Alckmin para o PSB, porém, não resolve o impasse sobre a candidatura do campo da esquerda no Estado. Segundo aliados do ex-governador, um cenário possível é que Alckmin e Lula se dividam nos palanques de aliados que podem ser adversários no plano estadual: o ex-tucano pedindo votos para Márcio França (PSB) e Lula para o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
Até agora, os dois partidos não conseguiram unificar seus projetos no principal colégio eleitoral do país. França chegou a sugerir a Lula que PSB e PT façam, juntos, uma pesquisa de intenção de voto com o cenário do segundo turno para definir quem seria o candidato, mas os petistas resistem à ideia. Na semana passada, Haddad recebeu o apoio oficial do PCdoB, que estava também dialogando com França.
Além de França, o prefeito do Recife, João Campos, e o ex-prefeito de Campinas Jonas Donizette, presidente do PSB em São Paulo, participaram da reunião com Alckmin. “Ele tem toda segurança para a filiação, que está muito bem encaminhada”, disse Donizette ao Estadão. Ainda segundo o pessebista, a situação em São Paulo dificilmente será resolvida antes do fim de março.
‘Convergência’
Apesar das declarações do lado pessebista de que o acordo está selado, após a reunião Alckmin publicou mensagem em uma rede social na qual afirma que ainda está conversando com outros partidos e que definirá sua filiação na “próxima semana”. “Hoje (ontem) pela manhã tomei um bom café com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, ao lado de João Campos, Márcio França e Jonas Donizette. A reunião foi muito produtiva e provou haver convergência política e vontade de união em benefício do País”, afirmou.
“Sigo conversando com outros partidos que buscam uma unidade de ação em defesa da democracia e de melhores condições de vida para o nosso povo. Até a próxima semana definirei a minha filiação partidária.” Procurado, Alckmin não se manifestou até a conclusão desta edição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.