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Análise das eleições

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Frase

“Esta mensagem é para iniciados: as mudanças ocorrem quando a classe média se sente sufocada”. Dado Schneider, pelo Facebook.

Eleições

Resolvi fazer uma análise fria das eleições. Fria mesmo, sem olhar partido, pessoa ou função. E mais: uma análise que pode deixar partidários, fãs, apaixonados, bastante revoltados. Aconselho que, se você for um desses, já pare de ler por aqui mesmo. Se não, pode continuar.

Cobalchini

A começar por Caçador. Deu o óbvio, apesar de que eu acreditava que Cobalchini fizesse mais de 20 mil votos. Não fez. Chegou aos 16 mil e angariou o restante fora daqui. Talvez uma luz de atenção deva se acender porque alguma coisa está errada. Sua votação foi menor que na eleição passada, mesmo com tudo que foi feito no setor de infraestrutura. Faltou alguma coisa e é hora de sentar e rever.  

Mesmo assim, ele foi o mais votado do PMDB no Estado e continua como uma das principais lideranças. A queda de Mauro Mariani pode ser uma boa lacuna para Cobalchini aproveitar e, certamente, o fará. 2018 está aí para quem almeja um cargo maior. Ah, e lá serão dois senadores. Quem sabe, Caçador poderá ter um representante seu no Senado. Algo inédito.

Saulo

Outro candidato que também teve uma votação aquém do esperado foi Saulo Sperotto. Fez pouco mais de 11 mil votos aqui. Enfrentou uma situação jurídica de indeferimento da sua candidatura e seus votos nem foram computados. Poderão ser se acaso ele conseguir vencer no TSE. Está confiante de que vai.

Mas essa votação trouxe Saulo de volta à “vida” política local. E seus planos são óbvios: uma candidatura em 2016.

Fically

Cabos eleitorais de Fically largaram uma imensidão de santinhos pelas ruas de Caçador. Os flagrantes foram publicados no Portal Notícia Hoje. Logo em seguida, passaram outros correligionários dele juntando o material espalhado de madrugada.

Fically fez mais de 4 mil votos. Deu a lógica. Para vereador, ele fez mais de 2 mil. Tomou dois revezes para vice-prefeito e agora tentou voltar à vida política. Sobrou a Câmara Municipal para 2016. Mais do que isso é levar outro choque.

Cleony

Surpresa foi a vereadora Cleony. Passou dos 2 mil votos em uma candidatura impulsionada pelo deputado mais votado no Estado, Gelson Merísio, para tirar votos de Cobalchini em Caçador. E conseguiu. Quem sabe ela se credencie ou se empolgue para uma candidatura à majoritária em 2016.

Márcio Goes

Não foi surpresa. O professor até tentou, mas não conseguiu emplacar as suas ideias junto a um grupo maior do que seus alunos e ex-alunos.  No município, fez 606 votos. No estado, 760.

Braggio

Era para ser o sucessor de Reno Caramori, mas nesta coluna eu já havia afirmado que faltava muito para Alexandre Braggio chegar lá. Principalmente no trato com as pessoas. E, o resultado veio nas urnas. Em Caçador, ele fez apenas 491 votos, sendo o restante dos 1062 fora daqui.

Rose

Pois é, Caçador tinha ainda uma candidata chamada Rose, que fez 230 votos. Mas, destes apenas 45 foram daqui e o restante de fora. Ela é professora e sua campanha pouco ou quase nada apareceu.

Luciane Pereira

Eu não preciso falar nada. Os números confirmam: Luciane Pereira (PT) fez 1311 votos. Mas, aqui em Caçador, onde ela é vice-prefeita, fez só 869 votos. Aliás, ela é vice-prefeita. Você sabia?

Agora, provavelmente a culpa pela votação pífia de Luciane vai cair sobre esta coluna porque, de uma forma simples, mostrou algumas coisas que a atingiram, como foi o caso da APAE.

O problema é entrar em uma candidatura a deputada estadual tendo primeiro que se apresentar como vice-prefeita. As afirmações de algumas pessoas eram: “Mas, se não fez nada como vice-prefeita, vai fazer o que como deputada?”. E não, não inventei isso. É o que as pessoas falavam e vão continuar falando.

Luciane Pereira 1

Só uma comparação: Luciane, como vice-prefeita (desconhecida) fez menos votos que uma vereadora. Em tese, teria que ser ao contrário. Mas, para aparecer é preciso trabalhar. Parabéns para a Cleo.

Aos fanáticos

Crianças leem esta coluna também e eu nem imaginava. E o mais interessante: discordam das ideias, e se dão ao luxo de me xingar, usando palavras pessoalmente ofensivas. Que orgulho da juventude do nosso país. Que orgulho destes jovens que não sabem respeitar os mais velhos, que não sabem se colocar nos seus lugares e que um dia vão padecer por conta das suas condutas medíocres e insólitas.

Não generalizo aqui, de forma alguma. Acredito na juventude, acredito que o Brasil ainda tem jeito. Sou um entusiasta disso. Mas, só fico bastante ressentido com atitudes de alguns destes jovens, pré-adolescentes. Um dia, quem sabe, aprenderão que para mudar as coisas não precisa ser fanático por um partido político e, muito menos, agredir verbalmente as pessoas.

Aos fanáticos 1

Fanatismo político é pior que fanatismo religioso.

Estado

Os 4 mais votados do Estado, segundo as pesquisas, eram: Merísio, Cobalchini, Pavan e Kennedy Nunes.

Merísio, da república de Chapecó, fez quase 120 mil votos e foi o mais votado. Cobalchini ficou em 5º, com mais de 62 mil votos. Já Pavan e Kennedy decepcionaram. O ex-governador fez só 43.470 votos e Kennedy, 44.019.

Está eleito

Uma das frases que Cobalchini nunca mais vai querer ouvir é: “Você está eleito”. Por isso, ele deve ter perdido uns 10 mil votos. Várias pessoas afirmavam que ele estava eleito e que, por isso, iam votar em outros candidatos.

Colombo

Colombo se reelegeu com certa folga, mas aquela luzinha acendeu também. É preciso repensar as ações, principalmente nas estradas. Foram 51,36% dos votos, bem aquém dos quase 60% que a coordenação de campanha esperava. Há algo errado e esse erro deve ser corrigido o quanto antes, sob pena de que, se não for, cause estragos em 2018.

Senado

Dario (PMDB) começou com 7%. Paulinho Bornhausen (PSB), com 25%. Pelo estado, o peemedebista iniciou uma maratona, apoiada pelo senador Luiz Henrique da Silveira. Em um mês, Dario tinha 15%. Paulinho mantinha os 25%. Mais 15 dias, Dario subiu para 20% e Paulinho continuava nos 25%.

Mais 10 dias, Dario fez 22% e empatou. Paulinho, desesperado, começou a bater em Dario e tomou a virada. O peemedebista fez quase 43% e foi eleito. Paulinho, da velha política, ficou de fora.

Presidência

Meu amigo e compadre Eduardo Bisotto, há mais de um mês, disse pelo Facebook, que Aécio Neves estaria no 2º turno. Ele tinha 15% dos votos. Marina tinha mais de 30% e Dilma, os 38%. E a cada pesquisa, Aécio ficava na mesma. Como que alguém iria acreditar em uma virada. O Bisotto acreditava e explicava, por A + B como isso iria acontecer.

E aconteceu. Aécio fez 34% contra os 41% de Dilma. Agora, acredito até que Aécio vai vencer as eleições. O meu amigo Bisotto já está dizendo isso há muito tempo.

Presidência 1

SC é um estado diferenciado. Aécio ganhou de Dilma, de lavada. Até em Caçador, reduto histórico petista para a Presidência, Aécio venceu. E por uma margem bem grande: 18.131 contra 14.096 da petista.

Agora, no segundo turno, ao que tudo indica, Marina vai apoiar Aécio. O resultado? Dia 26 de outubro, ali pelas 20h.

Agradecimento

Saulo Sperotto agradeceu, pelo Facebook, os votos recebidos:

“Quero desde já, agradecer aos mais de 15.000 votos que recebi como candidato a deputado federal. Tenham certeza, mesmo com várias adversidades, tais insegurança jurídica (registro eleitoral) ainda tramitando no TSE, ao qual muitas pessoas me perguntavam se eu era ou não candidato, ou se podia ou não concorrer…com pouca estrutura financeira e partidária fizemos uma campanha transparente e honesta.

Também quero agradecer as empresas e pessoas que me apoiaram financeiramente, pois como sempre fiz, as minhas campanhas foram apoiadas pelo setor privado .

O meu grande objetivo na política sempre foi e sempre será as pessoas, que as mesmas possam ter qualidade de vida. A minha luta, é para podermos mudar este governo federal, ao qual o Brasil, economicamente e institucionalmente está sendo mal conduzido.

Agradeço a minha esposa, filhos e a toda minha família pelo apoio incondicional, que sempre me deram.

Um forte abraço a todos. 45 Aécio Presidente!!”.

Vou de Aécio

Fiz algumas postagens hoje no meu Facebook (www.facebook.com/rafaseidel) e recebi comentários de fanáticos que me levaram a tomar uma decisão: divulgar meu apoio e campanha para Aécio Neves no 2º turno. Os políticos chatos e fanáticos têm uma função: fazer as pessoas criem nojo dos candidatos que eles apoiam. E foi isso que aconteceu comigo.

Obrigado por todos que nos acompanharam nesta cobertura das eleições. Eu, as repórteres Kamila e Kemeli e o nosso técnico Evandro Bariviera agradecemos de coração.

 

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