O Senador Esperidião Amin (PP) e sua mulher, a deputada federal Ângela Amin (PP), participaram do Mobile World Congress, um dos maiores eventos de telecomunicação do planeta, realizado, entre os dias 25 e 28 de fevereiro, em Barcelona. Ambos voltaram na última sexta-feira, 1° de março, ao Brasil. Segundo apurou o Jornal Estadão, os ingressos do evento custam entre 799 euros a 4.999 euros.
O Senado pagou em classe executiva R$30.356,19 para o ex-governador, em voo de ida e volta. Com cinco diárias foram mais R$ 8.028,80. Os custos da viagem da deputada ainda não estavam disponíveis no portal de transparência na Câmara dos Deputados. O senador participa da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional no Senado.
A deputada integra a Comissão de Tecnologia e Inovação da Câmara. Por telefone, Esperidião, que tem doutorado em engenharia e gestão do conhecimento, explicou que foi uma “experiência fantástica” participar desse evento pela primeira vez.
Disse, ainda, que o Brasil precisa entrar no mundo da tecnologia do 5G, que vai trazer maior capacidade de armazenamento de dados, velocidade e inteligência no uso com o telefone celular e telecomunicações. Sobre o gasto da viagem, explicou que a viagem foi autorizada pelo Senado.
– Eu viajei pelo Senado . Minha viagem foi autorizada. Bem diferente do pessoal do PSL que foi pra China com dinheiro de uma empresa- concluiu.
Viagens são fundamentais. Representantes dos poderes executivo e legislativo tem a oportunidade de conhecer modelos que deram certo e aplicá-los aqui de acordo com a realidade regional. Temos inúmeros casos de missões internacionais do governo que abriram mercado, por exemplo, para exportação de carnes catarinenses.
O ponto é: prestar contas à sociedade, analisar qual a relevância da viagem e reduzir custos desnecessários, com hotéis luxuosos, classe executiva no avião e diárias. O correto seria: quem quer luxo, que pague por fora. Vale lembrar que, na Dinamarca, o único privilégio do parlamentar é andar de transporte coletivo gratuitamente. E acredite: há um debate no país porque uma parcela da população julga ser este um privilégio inaceitável. Nada é por acaso.
Com informações Moacir Pereira