É com lágrimas nos olhos que escrevo estas indigestas, mas necessárias palavras, e de forma alguma poderia deixar de expressar o meu sentimento pessoal por tudo que aconteceu nesta sexta-feira maldita, nos idos de 11 de dezembro de 2015.
Caçador vai dormir muito triste com a notícia da morte do grande e admirável amigo Josué. O capitão, o treinador, o boleiro, o multicampeão.
Josué podia não ser o melhor zagueiro que Caçador já viu jogar, mas era certamente o maior exemplo de raça que as novas gerações puderam ver de perto. E a raça não se resumia apenas dentro de campo. Josué era “raçudo” fora dos gramados, na sua vida, nos seus projetos.
Era um treinador com menos de um ano de experiência e que já tinha vários títulos, dois nacionais, no currículo. Tinha uma carreira promissora e despontava como referência no futebol e futsal feminino.
Dono de uma humildade ímpar, não media esforços para estar sempre em primeiro. Vibrava, comemorava.
Assim era também a sua vida. Veja pelas fotos e mensagens deixadas diariamente por ele em seu perfil no Facebook. Era o cara da positividade, de agradecer a Deus sempre. Era o cara…
Era ainda o cara das comemorações e, acima de tudo, aquele que sabia reconhecer os seus parceiros. Sempre lembrava com alegria das taças que pôde erguer no tempo do CAC e, agora, das que já levantava com o Kindermann.
Josué não era qualquer um. Era “o capitão”. Era “o lutador”. Era “o vencedor”.
Pessoalmente então, era formidável. Aliás, Josué era o amigão da minha família, o parceiro pras compras de peixes em Bombinhas e o parceiro pra jantar conosco quando lá estivemos por algumas vezes. O cara que gostava de me chamar de “a lenda do Notícia Hoje” ou mesmo, “a lenda do Jornalismo”, transmitindo sempre aquele espírito brincalhão.
O cara que foi bater uma bolinha com a nossa turma do “futeba das quintas” e que ficou devendo um churrasquinho para comemorarmos alguma coisa que nem lembro o que… talvez, a vida…
E olha, que vida mais sacana hein amigo Josué? Que vida que gosta de fazer algumas coisas que não esperamos. Essa mesma vida que você tanto amava e sabia aproveitar foi te tirada por um inútil e babaca perdedor.
Se comecei a escrever este texto com lágrimas nos olhos, caro amigo Josué, termino agora ainda mais emocionado, triste e com um sentimento que de forma alguma sei descrever.
A “ficha” ainda não caiu e, acredito, vai demorar para que isso aconteça.
Caçador perdeu um grande cara, eu, um grande amigo, e o esporte, uma pessoa de caráter e raça.
Esteja onde estiver, grande amigo, olhe por nós e continue espalhando a sua alegria e espontaneidade pela eternidade.
Adeus, Josué…