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Acusados de matarem casal em Treze Tílias são denunciados por homicídios com quatro qualificadoras

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Casal Marisa Mergener e Reginaldo Tonet foram assassinados na virada de 2023 para 2024

A 3ª Promotoria de Justiça da comarca de Joaçaba denunciou uma mulher, de 35 anos, e um homem, de 53, por dois homicídios com quatro qualificadoras após a morte do casal Marisa Mergener, de 42 anos, e Reginaldo Tonet, de 41, em Treze Tílias.

As vítimas foram assassinadas na virada de 2023 para 2024. Os corpos foram encontrados na manhã do dia 1º de janeiro deste ano. A Polícia Civil concluiu as investigações no início do mês. Segundo as apurações, o crime foi cometido por herança. Os acusados foram presos temporariamente cerca de uma semana após as motes.

A mulher denunciada é irmã de Reginaldo e cunhada de Marisa. Ela teria orquestrado as mortes junto com o companheiro. Com a denúncia do caso pelo Ministério Público à Justiça, ambos se tornaram réus e devem ser submetidos a júri popular, ainda sem data marcada.

Quatro qualificadoras são citadas nas duas mortes: motivo torpe, já que os homicídios teriam sido motivados por desacertos envolvendo bens; emboscada, porque o réu teria esperado as vítimas com uma pistola nos arredores da casa e atacado o casal de forma repentina; meio cruel, pois o réu teria fragilizado o casal, perseguindo-o pelos cômodos e fazendo disparos de forma intervalada para prolongar o sofrimento; e uso de arma de fogo restrita.

O objetivo do Ministério Público é que os denunciados a relação parental com as vítimas e a forma como o crime foi cometido pesem no cálculo das penas. Conforme a denúncia, a mulher teria arquitetado a morte do irmão e da cunhada para ficar com uma herança, já que o casal não tinha filhos. O companheiro dela teria participado do planejamento e executado os homicídios com uma pistola de uso restrito.

Assinada pela promotora Francieli Fiorin, a denúncia narra que “um prestou apoio moral e material ao outro em todo o percurso do crime, seja durante os atos de planejamento, na execução e após a consumação, com combinação de versões, ocultação e eliminação de vestígios, buscando desviar e dificultar a investigação policial e garantir a impunidade de suas ações”.

O Ministério Público pede ainda que o feminicídio seja reconhecido, já que Marisa teria sido morta no âmbito da violência doméstica e familiar. A denúncia também inclui o crime de porte ilegal de arma de fogo. Após o homicídio, o homem fugiu e ocultou a pistola, que não foi localizada.

Marisa era professora da rede pública de ensino e o marido era empresário. Os corpos do casal foram velados em Treze Tílias e sepultados no dia seguinte ao crime, no cemitério do município.

Com informações Oeste Mais

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