O acusado pelo ataque a creche Aquarela, em Saudades, no Oeste catarinense, vai a júri popular. A informação foi divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na sexta-feira (14). A data do julgamento não está definida.
O réu vai ser julgado por cinco assassinatos, entre eles de três crianças, além de 14 tentativas de homicídio. Preso por uma sequência de crimes, o responsável pela chacina tinha 18 anos, à época do crime, e está preso desde 4 de maio, quando houve o ataque. Na ocasião, ele também teria tentado se matar.
Entre as vítimas fatais estão três crianças com menos de 2 anos, uma professora de educação infantil e uma agente educacional. Todos foram mortos com golpes de uma adaga.
As qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas serão julgadas pelo Conselho de Sentença, informou o MPSC.
Na decisão de levar o responsável pelo ataque a júri, o juiz Caio Lemgruber Taborda ressaltou que os depoimentos das vítimas e das testemunhas, somados ao relatório do boletim de ocorrência e a relatórios dos dados extraídos dos aparelhos eletrônicos do acusado “[…], autorizam a realização de juízo positivo da existência de indícios suficientes da prática delitiva”.
O magistrado também afirmou que “[…] diante da existência de prova convincente acerca da materialidade do crime e de indícios suficientes da autoria, por parte do réu, do crime de homicídio em desfavor das vítimas [nomes das vítimas], não há como falar em impronúncia ou absolvição, tampouco em desclassificação”.
Veja quem são as vítimas do atentado
Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, era professora na unidade há cerca de 10 anos;
Mirla Renner, de 20 anos, era agente educacional na escola;
Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses;
Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses;
Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.
Com informações G1SC