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Ação da “lava Jato” em Joaçaba não teve efeito esperado

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São investigados negócios da Bancoop ligados a apartamentos que não foram entregues e agora pertencem à empreiteira OAS, uma das investigadas na Lava Jato.

Joaçaba amanheceu com a notícia de que a 22ª fase da Operação Lava Jato chegou ao município. A Polícia Federal divulgou que Joaçaba estava entre os municípios onde estavam sendo cumpridos os 23 mandados judiciais, sendo seis de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.

Durante entrevista coletiva, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR, representantes da Polícia Federal e do Ministério Público disseram que em Joaçaba pessoas relacionadas às empresas investigadas foram procuradas, no entanto, as diligências foram negativas. Não surtiram o efeito esperado.

Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que detalhou a 22ª fase da Lava Jato, a Mossack Fonseca abriu offshores (empresas no exterior) para ocultar a propina paga a ex-funcionários da Petrobras. Foram criadas empresas para Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e Pedro Barusco, ex-gerente da mesma área.

Mário Goes, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras, também teria recebido uma offshore.

“A Mossack Fonseca era uma grande lavadora de dinheiro”, afirmou o procurador. Ela estaria envolvida não só nesse caso, mas em outras ações investigadas no Brasil. A polícia apura se ela abriu empresas no exterior para esconder a propriedade de apartamentos que eram da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e depois foram assumidos pela construtora OAS, investigada na Lava Jato.

Segundo Lima, todos os apartamentos no condomínio Solaris, em Guarujá, no litoral de São Paulo, estão sendo investigados. Há suspeitos de envolvimento na Lava Jato que teriam sido beneficiados pela OAS na compra desses imóveis, afirmou o procurador.

O Ministério Público Federal (MPF) ainda não sabe o montante de dinheiro movimentado nas empresas no exterior. Manter offshores não é ilegal, mas a falta de declaração à Receita Federal constitui crime.

A publicitária Nelci Warken, presa nesta quarta-feira, seria uma “laranja” do esquema, de acordo com o procurador (veja o vídeo abaixo). Ela que prestou serviços de marketing à Bancoop e ainda deve prestar depoimento.

Triplo X
A 22ª fase da Lava Jato foi deflagrada na manhã desta quarta em São Paulo e Santa Catarina. Ela mira apartamentos da empreiteira OAS que, segundo investigações, podem ter sido usados para repasse de propina do esquema de corrupção. Batizada de Triplo X, a fase também tem como alvo suspeitos de abrir empresas offshores e contas no exterior para ocultar o crime de corrupção.

São investigados negócios da Bancoop relacionados a apartamentos que não foram entregues e agora pertencem à empreiteira OAS, uma das investigadas na Lava Jato.

Um dos focos é a empresa Mossack Fonseca, utilizada para abrir offshores. A polícia apura se a empresa abriu empresas no exterior para esconder a propriedade de apartamentos que eram da Bancoop e depois foram assumidos pela OAS.

A suspeita é que unidades imobiliárias da Bancoop/OAS teriam sido usadas para repasse de propina. Um desses apartamentos está no nome da empresa Murray, uma offshore aberta pela Mossak. A polícia apura indícios de fraudes na maneira como a Murray adquiriu o patrimônio. Uma linha de investigação aponta que o esquema ocultava os reais donos das offshores.

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