A revolta política dos smartphones

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Impeachment, Bolsa Família, Nordeste – Um batalhão de postagens com argumentos pífios  e sem sentido usados para acusar ou justificar a vitória do PT. É lamentável, mas esses posts confirmam que tão medíocre quanto seus autores é o seu conhecimento sobre política. Não conseguem sequer analisar e exercer o papel de cidadão com o mínimo de conhecimento político possível e agora ficam pagando de revoltados.

Comparo estes aos milhares de “técnicos de futebol” espalhados pelo Brasil que opinam sobre escalação, jogadas, isto ou aquilo, pensando que a única realidade que envolve o sistema é o que passa na tela da TV.

Querem mudar o país? Então parem de postar merda tendenciosa e deixem a ignorância política de lado. Lutem pelas reformas, pelos projetos de lei que realmente farão diferença nas próximas eleições como o fim do financiamento privado de campanhas. Lutem por mudanças no setor tributário, pelo fim de cargos comissionados que servem como cabide para recrutar cabos eleitorais, por ferramentas que tirem das mãos do setor econômico o monopólio sobre a política e a democracia.

Parem de acusar o setor de assistência social e as bolsas como se fossem os vilões do país, tirem os olhos do seu smartphone e olhe pela janela e veja que a ideia do bolsa família pelo menos garante compulsoriamente que pais irresponsáveis mantenham suas crianças na escola, nem que seja pelo mísero salário da bolsa.

Percebam que o percentual do PIB gasto com essas mesmas bolsas e assistência não ultrapassou os 10% no último ano.

Parem de achar que o problema é o Neymar ou o Fred que está mal posicionado em campo, ou que não levaram o Kaká para a COPA e tentem pensar que talvez os patrocinadores dos eventos e destes jogadores podem ter mais influência que vocês imaginam sobre o preço de suas vuvuzelas.

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