A retomada da economia
Em meio ao atoleiro das denúncias de corrupção envolvendo boa parte da classe política, os números que demonstram a recuperação da economia brasileira ficam em segundo plano.
Mas devem ser saudados e destacados.
Nesta semana, o Banco Central divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em fevereiro, que serve como uma prévia para o PIB. Houve um crescimento de 1,31% em relação a janeiro, que já havia apresentado alta também, de 0,62%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o desempenho ainda está negativo, por conta dos índices registrados no primeiro semestre de 2016.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira. É uma ferramenta também para definição da taxa básica de juros, a Selic.
Outros dados
A retomada do PIB vem junto com outros indicadores positivos. Com a queda da taxa Selic, a inflação também está em queda. Hoje é de 5,2%, mas chegou a ser de 10,7% no ano passado. A estimativa é que estabilize em 4,5%.
O desemprego, a grande chaga social desta nossa recente crise econômica, já apresenta reversão nos indicadores. Ainda são pequenos, mas importantes. Depois de 22 meses, o país apresentou um balanço positivo entre contratações e demissões.
E o dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia tem contribuído para a recuperação econômica. Primeiro no pagamento de dívidas e depois movimentando o comércio e, portanto, toda cadeia produtiva.
E nós catarinenses?
Se Santa Catarina foi menos impactada com a recessão que tomou o país nos últimos dois anos, a recuperação e os números positivos tendem a chegar antes.
Nesta semana, o Governo do Estado divulgou dados referentes a produção industrial catarinense. Houve um crescimento de 4,1% em fevereiro na comparação com janeiro.
As exportações de carne suína e frango cresceram no primeiro trimestre e a produção de grãos catarinense bate recorde.
Nosso estado é o segundo na geração de empregos no país.
Em meio a tanta notícia ruim no noticiário econômico, é importante destacar esses resultados. Ainda não dá para comemorar, mas perceber um horizonte mais favorável.