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A orientação educacional e o alunado ? Parte 1

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Com finalidade de se conhecer, analisar e controlar o que se processa no âmbito da escola e direcionar as inovações necessárias à boa atuação de suas funções, sem que se corra o risco de se tomar posições e medidas unilaterais e específicas a alguns setores, em desconsideração ou até em detrimento de outros setores e do conjunto, faz-se mister analisar a escola através de um ponto de vista sistêmico.

Por sua própria função, a escola constitui-se em uma organização sistêmica aberta, ou seja, em um conjunto de elementos, que interagem e se influenciam reciprocamente, conjunto esse relacionado, na forma de troca de influências, ao meio em que se implanta.

Por conseguinte, o conhecimento da escola e da comunidade onde a mesma está inserida é importante tanto para o planejamento escolar como para a elaboração do plano de orientação educacional.

Além disso, através do planejamento, busca-se a compatibilização entre os objetivos educacionais, as expectativas da clientela e os recursos existentes, o que pressupõe o conhecimento prévio da escola e da comunidade. Por sua vez, tal conhecimento favorece uma definição mais realista das metas propostas e, conseqüentemente, maior segurança no alcance dos resultados esperados.

A função da orientação escolar se esclarece na medida em que ela analisa as dimensões sociais do sistema escolar e os processos de educação, de ensino,de aprendizagem e de convívio verificadas.

Destarte, faz-se mister a  orientação educacional e suas possibilidades e na realidade escolar.

Vista como um sistema social, a escola se refere a uma organização de posições e de papéis determinados em termos de administrador, de professor e de aluno. Tais posições trazem consigo um conjunto de direitos e de expectativas e determinam comportamentos específicos daqueles indivíduos que exercem seus papéis (BICUDO, 1978).

Assim, a realidade do sistema escolar é complexa. Aí se encontram aspectos exatamente institucionais que se antepõe a relacionamentos humanos autênticos. É preciso que estes aspectos sejam avaliados para que se tenha uma visão da dinâmica existente dentro da mesma.

Existem quatro características fundamentais na realidade escolar que se tornam pontos de convergência das atividades aí desempenhadas. Estes dizem respeito ao processo educacional, à situação de ensino e de aprendizagem. A realização dessas atividades dinamiza o sistema escolar. A sua força pode se tornar tão intensa que chega a levá-lo a passar além dos objetivos que levanta para si mesmo e para aquelas atividades. É este dinamismo que determina a realidade escolar, ao mesmo tempo em que a desvenda como ambígua em muitos dos seus aspectos peculiares (BICUDO, 1978).

A organização escolar envolve um complexo de posições e de papéis informais, os quais diferenciam de escola a escola quanto a sua maneira de apresentação. Como em qualquer grupo social, o referente à sala de aula é constituído por um conjunto de posições e papéis diferentes entre si. Estas posições são desenvolvidas pelos estudantes, ainda que possa existir uma influência praticada pelo tipo de relacionamento que o professor desencadeia nesse grupo.

Por conseguinte, o fator sucesso na escola pode envolver mais que somente realizações acadêmicas. O valor atribuído ao mencionado sucesso na organização formal da estrutura escolar é afetado pelas posições e papéis exercidos pelos estudantes nos diversos grupos existentes dentro da escola.

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