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A importância da cultura para o desenvolvimento socioeconômico II

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Com relação ao PIB da cultura, a referida pesquisa também demonstrou que, em 1980, as atividades da área representavam cerca de 1% do total, contra 2,2% dos serviços de saúde e 3,1% dos serviços de educação. Com este dado, pode-se observar a magnitude que as atividades culturais representam para a economia e a sociedade brasileiras.

O salário médio nas atividades culturais, na época, era ligeiramente superior ao dessas duas atividades e situava-se 73% acima da média da economia (MOISÉS, 1998).

Segundo MARINHO (2002), “não se separa mais o potencial econômico da cultura da defesa e expansão de nossos valores, nossas artes, nosso patrimônio, nossa música, teatro e cinema, nossa gastronomia, nosso saber e nosso fazer. Hollywood que o diga e exemplifique, um produto cultural de exportação dos Estados Unidos de inestimável valor econômico e estratégico”.

A crescente importância da cultura para o desenvolvimento sócio-econômico deve ser apreciada no contexto da reestruturação da economia, ao mesmo tempo que como resultado da evolução dos estilos de vida. Nesta perspectiva, o setor cultural deveria ser mais explorado, a fim de reforçar e diversificar o potencial de desenvolvimento no País.

 A cultura é, com freqüência, tratada independentemente de outros fatores de desenvolvimento ou considerações de imagem: seria útil, por exemplo, considerá-la como um elemento integrante das estratégias de desenvolvimento regional e local do mercado de trabalho.

É indispensável que a política de financiamento da cultura, no Brasil, seja vigorosa o suficiente para impulsionar o seu desenvolvimento e, ao mesmo tempo, capaz de assegurar a realização plena da riqueza e diversidade formadoras da sua matriz.

 Com efeito, o financiamento da cultura em países pluriculturais como o Brasil tem de ser tarefa de distintas fontes de financiamento: o Estado, os produtores culturais e as empresas privadas.

Isso assegura tanto que o interesse público seja preservado, através da ação do Estado, como que a sociedade civil possa intervir no processo de criação artística, através de seus projetos e de seus investimentos, e conseqüentemente, alavancar o desenvolvimento sócio-econômico.

 

REFERÊNCIAS

BRUM, Argemiro José. O desenvolvimento Econômico Brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1993.

MARINHO, Roberto. Política cultural e eleições. Artigo. Folha de São Paulo, 20 de Agosto de 2002.

MOISÉS, José Álvaro. Economia da Cultura. Ministério da Cultura. Secretaria de Apoio À Cultura. Texto distribuído no Encontro do Conselho de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dia 05 de agosto de 1998. Disponível em < http://www.minc.gov.br/textos/tm01.htm. Acesso em 10/12/2012.

SANTOS, Theotonio dos. Economia Mundial, Integração Regional e Desenvolvimento sustentável: as novas tendências da economia mundial e a integração latino-americana. Petrópolis: Vozes, 1994.

SANTOS, José Luiz Dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985.

 

 

 

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