A educação no contexto do Mercosul IV – Por Adelcio Machado dos Santos

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Conforme Cervo e Rapoport (1998), a educação e a cultura no Mercosul têm sido conduzidas de maneira muito lenta, especialmente pelos órgãos governamentais, que fundamentalmente privilegiam as áreas em que se encontram os interesses econômicos que surtem efeito a curto e médio prazo, deixando em segundo plano setores que necessitam de um período mais longo para sintonizar-se e conciliar os benefícios para o desenvolvimento.

Faz-se necessário procurar esclarecer que tipo de integração se quer, quais as condições de que dispomos para alcançar as metas, superar os obstáculos, esclarecer as contribuições que a educação possa oferecer para o fortalecimento do processo que segue uma tendência mundial.

Houve, no passado, outras tentativas de integração, que privilegiavam apenas aspectos políticos e econômicos, desconsiderando as características culturais, Simon Bolívar (1783-1830), General venezuelano, lutou decisivamente pela independência de vários países latino-americana e pela realização do primeiro tratado de união latino-americana (Tratado de União, Liga e Confederação Perpétua entre as Repúblicas da Colômbia, Centro-América, Peru e Estados Unidos Mexicanos) e pela organização da Grã-Bretanha, unindo Colômbia, Venezuela, Equador e Peru, de acordo com Praxedes e Piletti (1997).

Chegou a ser escolhido presidente da Grã-Bretanha, mas, com o esfacelamento de seu sonho de união, renunciou ao poder e morreu pouco tempo depois. Sobre a unidade latino-americana, afirmou:

É uma ideia grandiosa pretender formar de todo Novo Mundo uma só nação, com um só vínculo que ligue suas partes entre si e com o todo. Já que tem uma origem, uma língua, os mesmos costumes e uma religião, deveria, pro conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que venham a formar-se. (PRAXEDES; PILETTI, 1997)

José Marti (1853-1895) era poeta e foi líder do movimento pela independência de Cuba. Preso e expulso do País, viveu na Espanha, no México, na Guatemala e nos Estados Unidos, onde, além de escrever em jornais e revistas exigindo a liberdade para Cuba, uniu-se a outros exilados cubanos para organizar o movimento pela independência. Voltou a seu país em 1985, mas morreu lutando, sem ver seu objetivo alcançado.

Há muito tempo a América Latina vem tentando integrar-se, mas esse sonho nunca se concretizou totalmente, por muitos que não serão analisados neste texto. E, neste momento, homens e mulheres participantes e ou testemunhas dos acontecimentos em torno do processo de integração de alguns países da América Latina, têm a oportunidade histórica de contribuir para a concretização deste sonho.

A integração está ocorrendo sob circunstâncias em que prevalecem o jogo de forças e os interesses. A educação tem importante papel a cumprir, para amenizar e evitar futuras lamentações das possíveis dificuldades que surgirão em decorrência do ontem mal resolvido. É preciso ter claro que o final de século apresentou profundas alterações da vida em sociedade, como foi observado em Oliveira (1999).

Este fenômeno, conhecido como globalização, tem como característica principal a integração da economia mundial e a globalização da informação. Nesse sentido, o Mercosul está possibilitando uma aproximação maior com os outros setores.

Uma das principais premissas é estabelecer a livre circulação de bens e serviços entre países sul-americanos ao processo de globalização que pontuava o cenário internacional, principalmente a consolidação de grandes blocos econômicos como, por exemplo, a União Europeia e o Nafta.

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