A educação no contexto do Mercosul II – Por Adelcio Machado dos Santos

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Na conjuntura do final de século, mudanças ocorrem a nossa volta a cada instante. O dito fenômeno da globalização vem impondo alterações nas estruturas financeiras dos países, tornando insuficientes os mercados nacionais. A questão cultural, não passa à margem deste processo, já que ela sofre influência e influencia causando, deste modo, choques entre os indivíduos envolvidos.

Renato Ortiz, em seu livro Mundialização e Cultura, chama a atenção para o fato de que “uma análise que se abre do entendimento da mundialização da cultura se choca com boa parte da tradição intelectual existente”, propondo o estudo de um conjunto de valores e estilos, bem como novas formas de pensar que possam contribuir para uma melhor adaptação a estes novos tempos.

Cabral (1995) ressalta que, a nova situação da América Latina, a partir do nascimento do Mercosul, põe na mesa a necessidade de saber por que ficar como está. Obriga a examinar o passado para que o futuro seja projetado.

Se o fizer com a consciência clara de todas as frustrações passadas, nosso ingresso a estes novos tempos será irreversível.

Até o momento o grande fator de integração cultural entre os países do Mercosul tem sido somente os jogos de futebol que são transmitidos pela televisão. Estes, por sua vez, pouco permitem observar dos aspectos característicos dos habitantes destas regiões. Certamente podemos prestar outras contribuições que possam estabelecer novas relações que não sejam evidenciadas apenas em períodos de competições esportivas, como nos de futebol.

Pode-se fazer isto de forma mais ampla e educativa ao difundir nas escolas conhecimentos elaborados, proporcionando oportunidades de melhor conhecer os habitantes da região do Mercosul.

Martim (1998) assinala que ao se considerar a integração como processo político, que promove a aproximação para solucionar problemas de ordem comum sem abalar as especificidades, faz-se necessário ter muita clareza com quem e para que integrar.

No mercosul, a educação não tem ocupado lugar de destaque nas discussões inerentes à integração; por outro lado, também não está totalmente à margem do processo, figurando especialmente como um agente democrático nas pautas e reuniões, conquanto também facilmente manipulada de acordo com os interesses das partes.

A educação constitui um direito universal da pessoa, segundo consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos: “toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória […]” (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948, Art. XXVI).

A educação para todos é uma tarefa comum, cada indivíduo pode e deve dar sua contribuição mediante ações individuais ou coletivas, associando-se à sociedade civil organizada ou às instituições governamentais oferecendo suas habilidades (Martins, 1998).

Considerando os esforços dos profissionais da educação, ligados às diversas instituições de ensino público e privado, observamos que está ocorrendo um significativo avanço para que o direito à educação seja alcançado por todos ou pela grande maioria. Entretanto, há muito que fazer para que este direito se concretize por completo. Na região que compreende o Mercosul, particularmente, são milhares os analfabetos ou pessoas sem instrução mínima que lhes possibilite conhecimento e condições básicas para exercer seus direitos de cidadania.

 

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