Rotativo
Faz tempo (dois meses) que o comerciante Ricardo Schmitz me chamou para denunciar o que ele classificou como insustentável. Ele falava a respeito da bagunça do Estacionamento Rotativo de Caçador.
Na época, havia um monte de gente despreparada trabalhando nas ruas centrais de Caçador e vendendo cartões de estacionamento sem a numeração de série. Isso mesmo! O pessoal da Acadef vendia na época (e continua vendendo) os cartões sem aquela numeração que provavelmente serviria de controle para ver quanto é arredado no estacionamento e qual o lucro da instituição. No lugar da numeração, uma assinatura ou o carimbo da Acadef, que não valem de nada.
E pasmem: o pior é que havia oferta de bloquinhos (sem a numeração, claro). Se comprasse o bloco inteiro de meia hora a promoção dava desconto de R$ 5,00. Assim, você pagava R$ 10,00 pelo bloco.
“É para comprarmos cestinhas de natal para pessoas carentes”, disse um atendente do estacionamento em dezembro. Já em janeiro, o discurso mudou. “É para comprar uma cadeira de rodas para uma pessoa com deficiência”, disse outro atendente.
Em outro dia, a promoção iria ter outro benefício. “Vamos construir a sede própria da Acadef”, disse outro atendente.
Pois bem, passados dois meses a bagunça continua e piorou: agora, quando a pessoa não coloca o cartão ou deixa passar do tempo, é feito um X no cartão a caneta. Talvez seja algum símbolo secreto que somente os atendentes da Acadef conhecem.
O fato é que, durante esse tempo, a Prefeitura elaborou um edital para licitar o estacionamento e “metia a faca” no valor do cartão. O prefeito Beto Comazzetto decidiu que aquele edital não poderia, de forma alguma, ser mantido e suspendeu a licitação.
Sendo assim, uma nova licitação deve acontecer. Mas, o problema é que algumas pessoas ainda estão defendendo a manutenção da Acadef.
Pra quê? Pra essa bagunça continuar? Não, é insustentável. Respeito a instituição, mas tenho certeza de que a ideia inicial, que era dar emprego para os seus associados através do Rotativo, não está mais sendo cumprida.
Pior: Como saber para onde está indo o dinheiro arrecadado já que com esses cartões sem a numeração de série é impossível ter controle. Isso faz com que o Município não tenha nenhum retorno.
Aliás, qualquer cidadão que tiver uma impressora colorida em casa pode fazer uma penca desses cartões e até mesmo começar a vender. Vou além: qualquer pessoa pode fazer esses cartões e revender por um preço menor do que o praticado pela Acadef. Isso porque não existe mais controle.
Então, que se corrijam os valores da licitação e que uma nova empresa, atualizada e com tecnologia, seja colocada no estacionamento rotativo de Caçador e que a Prefeitura participe também da arrecadação e possa reverter em obras e melhorias nas ruas.
Rotativo 1
Para evitar problemas, tudo que foi comentado acima foi também gravado com alguns atendentes do rotativo no mês de janeiro.
Requerimento rejeitado
Nas últimas semanas, a vereadora Cleony Figur (PSD) fez uma verdadeira guerra, através de requerimentos, contra a Secretaria de Educação. A maioria trata basicamente do mesmo assunto: as cargas horárias das professoras e auxiliares de creches.
Nesta terça-feira, 8, ela tentou aplicar mais um requerimento. “É o instrumento que o vereador tem nas mãos para poder ter acesso a informações”, justificou.
A base aliada se organizou e, com o voto minerva do presidente Ricardo Pelegrinello (PT), e o apoio de Wilson Binotto (PDT), rejeitou o requerimento.
Sem divulgação!?
Daí a Prefeitura faz uma mega apresentação para os grupos de mulheres e… esquecem de divulgar. Não, não através da Assessoria de Imprensa, mas esqueceram de chamar a imprensa. É, talvez seja por estas e outras que o povo diz que o prefeito Beto não faz nada. Pode até fazer, mas tem gente que “esquece” de divulgar…
No caso, para que esse evento fique no anonimato, também não divulgarei as fotos aqui, mas aposto que as centenas de mulheres que participaram do evento gostariam de ter seus registros divulgados pela imprensa. É uma pena…