A conta de luz não terá cobrança de taxa extra em junho, a chamada bandeira tarifária. A informação foi divulgada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (26).
Segundo a agência, o aumento das chuvas, que ajudou a produção das hidrelétricas do país em maio, além de perspectiva de redução do consumo de energia elétrica, possibilitaram a adoção da bandeira verde.
Em maio, a cobrança está em vigor com a bandeira vermelha patamar 1 (rosa), o que significa que são cobrados R$ 3 a cada 100 kWh (quilowatts/hora) consumidos.
A bandeira “rosa” já havia sido adotada em abril após 13 meses sem entrar em vigor, desde fevereiro do ano passado.
Em março, vigorou a bandeira amarela com cobrança adicional de R$ 2 a cada 100 kWh. De dezembro até fevereiro, não houve cobrança de taxa, porque estava em vigor a bandeira verde.
Em fevereiro, a Aneel aprovou a mudança nos valores da taxa extra. Com isso, a cobrança da bandeira amarela subiu de RS 1,50 para RS 2 a cada 100 kWh consumidos, enquanto a da bandeira vermelha caiu de R$ 4,50 para R$ 3,50 a cada 100 kWh. A taxa da bandeira “rosa” foi mantida em R$ 3 a cada 100 kWh.
As bandeiras começaram a ser cobradas em janeiro de 2015 e servem para cobrir o custo mais alto de gerar energia por meio das usinas termelétricas, quando a falta de chuvas prejudica os reservatórios das hidrelétricas pelo país.
Pouca chuva, conta mais cara
Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.
Foi criado, então, o sistema de bandeiras tarifárias, urna cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia.
Em 2016, a situação melhorou: choveu mais e subiu o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das famílias e indústrias caiu, e novas usinas começaram a funcionar.
Por isso, a bandeira foi sendo alterada ao longo do tempo:
■ De janeiro de 2015 a janeiro de 2016, a bandeira era vermelha e a taxa extra era de R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos;
■ Em fevereiro do ano passado, passou para bandeira “rosa” e a taxa caiu para R$ 3 para cada 100 kWh;
■ Em março, a bandeira mudou para amarela e a taxa caiu para R$ 1 50 a cada 100 kWh:
■ Em abril, entrou em vigor a bandeira verde e a taxa extra deixou de ser cobrada:
■ Em novembro, vigorou a bandeira amarela, com taxa de R$ 1 50 a cada 100 kWh:
■ Em dezembro, voltou a valer a bandeira verde, sem cobrança de taxa extra:
■ Em março deste ano, passou a vigorar a bandeira amarela, com taxa de R$ 2 a cada 100 kWh.
■ Em abril. entrou em vigor a bandeira vermelha, com taxa de R$ 3 a cada 100
kWh
A Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.