Os nomes de dois caçadorenses apareceram na investigação feita por meio da Operação Lava Jato no que se refere ao pagamento de valores por parte da empresa JBS para campanhas de candidatos catarinenses no ano de 2014.
Cleony Figur (PSD) recebeu R$50 mil e de Alexandre Braggio (PP) recebeu R$40 mil. Ambos foram candidatos a deputados nas eleições daquele ano.
Ao todo, a empresa doou mais de R$ 14 milhões para candidatos catarinenses que disputaram as eleições de 2014. Os recursos foram repassados de forma oficial, de acordo com as regras vigentes na época, e estão registrados nas respectivas prestações de contas perante o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Cleony se manifestou através das redes sociais para dar o seu parecer:
“Prezados (as) Caçadorenses e Catarinenses!
No ano de 2014, fui convidada pelo partido para concorrer ao cargo de Deputada Estadual, por motivos que não interessam neste momento aceitei e o partido PSD-SC me auxiliaria com recursos para a campanha.
Recebemos os recursos, fizemos a campanha em Caçador, visitamos Calmon, Macieira e tive ajuda de amigos e cabos eleitorais em Fraiburgo.
Trabalhamos dentro da lei. Fizemos a prestação de contas, a mesma foi aprovada pela Justiça Eleitoral. A lei exige que os recursos recebidos pelo partido também deve ser informado o CNPJ do doador originário. Assim procedemos.
Ontem saiu no Diário Catarinense a relação dos candidatos que receberam recursos da JBS. Relação esta obtida no portal do Tribunal Superior Eleitoral –TSE e informam que os recursos foram oficiais, ou seja, doações dentro da lei.
Cleony Barbosa, sou eu. Cleony Lopes Barboza Figur. Não tenho nada a esconder. Recebi os recursos oficialmente, foram aplicados e prestados contas dentro da lei. Não me causou nenhuma satisfação saber que a doação repassada a mim pelo partido, foi originário da JBS. É uma realidade que devo enfrentar. Não temo nenhum processo, porque agimos dentro da lei. Não tive Caixa 2, ou seja, recursos recebidos sem prestar contas à justiça.
Não pactuo com a corrupção! Acredito que o Brasil vai mudar, precisa mudar, doa a quem doer!”
Alexandre também esclareceu o caso:
“Primeiramente seria de suma importância que a imprensa levasse a questão de como funcionam os financiamentos de campanhas, em 2014 ainda era permitido o ¨Patrocínio¨ para as campanhas, que servem para pagamento dos custos com (Pessoal, Advogados, Contador, Material de campanha), enfim coisas normais que sempre teve. E também seria importante falar que as empresas são legais e tem muitos colaboradores (empregados). Agora o que seus donos fazem de acertos ou atos ilegais ai é a justiça que tem que investigar e condenar, não tem como nenhum candidato saber da vida pessoal dos empresários.
Com relação aos R$ 40.000,00 que recebi de doação para minha campanha para Deputado Estadual em 2014. Tive 3 doações uma de 20 mil que veio do Partido a nível Estadual, uma de 10 mil do Deputado Federal Esperidião Amin e outra de 10 mil do Deputado Federal Jorge Boeira, a e tive mais uma doação de 2 mil do Ex Deputado Reno Caramori.
Todas as doações feitas a minha campanha foram feita de forma legal ou seja a vieram de fundos ou empresas que poderiam fazer a doação. Não existiu e nunca vai existir em campanha minha caixa dois, sou totalmente contra este tipo de atitude. Tanto que muitos vieram me procurar na época de campanha pedindo algum tipo de ajuda e tal e eu não faço, pois é ilegal e não acredito que devemos fazer o bem apenas na campanha. Eu tento ajudar no dia a dia como posso, seja quem for que esteja precisando. Porem não uso de recursos ilícitos para nada em minha vida.
Sendo assim eu Alexandre Braggio me deixo a disposição de todos para que seja questionado, pois nada tenho a esconder nas minhas atitudes de vida.
OBS: Os gastos que tive e usei para a campanha foram (Pessoal (12 pessoas se não me engano) + Advogado + Coordenador de campanha + Material de campanha + combustível para o carro que eu usei para percorrer o estado). Bom está tudo na prestação de contas inclusive quando em uma viagem tive problema no carro onde andei pelo mau estado das estradas do nosso Oeste Catarinense e tive o custo para mandar arrumar algo em torno de 3 mil reais.”