A Prefeitura de Caçador esclarece o desabafo do médico Rodrigo Rocha no Facebook, realizada na noite deste sábado, 13. Os pontos abordados pelo médico foram analisados e os fatos são os seguintes:
– Em primeiro lugar, o médico iniciou o seu plantão às 19h do sábado e seguiu até às 7h da manhã do domingo. A postagem no Facebook do profissional aconteceu às 21h34 do sábado.
– A falta de pagamento do adicional noturno a alguns médicos é remanescente de 2016. A partir do momento em que a atual administração assumiu, em 2017, os pagamentos foram efetuados mensalmente, sem atrasos;
– Quando ao assédio moral, a questão é bem diferente disso: o que existem agora no Pronto Atendimento são regras para todos os funcionários, cobranças para cumprimento de horário e dos plantões, coisas que não existiam anteriormente, quando cada um fazia o que bem entendia. Essas regras estão sendo cobradas para que haja um bom funcionamento do PA e, claro, o atendimento de qualidade para a comunidade caçadorense;
– Pouco antes da postagem ter sido feita, a coordenadora da Saúde, Cristiane Santi, estava no Pronto Atendimento conferindo se o trabalho estava sendo desempenhado da forma correta. Neste momento, o médico Rodrigo Rocha pediu para ter uma conversa exigindo algumas questões ilegais por parte da Secretaria. A resposta negativa da coordenadora possivelmente impulsionou as críticas logo na sequência.
– O PA realiza mesmo em torno de 300 atendimentos diários e esses números vêm aumentando consideravelmente nos últimos dias por conta da chegada do inverno. Por mês, estão sendo realizados mais de 6 mil atendimentos. A responsabilidade por enviar esses pacientes ao PA não é da Prefeitura, como insinuou o médico. As portas do Pronto Atendimento estão abertas e as pessoas procuram o local para tratar das suas enfermidades.
– Além disso, existe sim uma classificação de risco contínua realizada pela equipe da saúde, com orientações para que os pacientes procurem antes de tudo as Unidades Básicas, para depois se dirigirem ao Pronto Atendimento. Aliás, quase todas as Unidades contam com um médico para o PSF e outro para pacientes que chegam na hora;
– Para se ter uma ideia, mensalmente são realizadas em média 17.800 consultas, entre o Pronto Atendimento e as unidades básicas de saúde. Ainda, de janeiro até maio, foram concedidos 11 milhões de medicamentos (comprimidos, injetáveis, pomadas, xaropes, etc), para os pacientes;
Problemas identificados e que já estão sendo solucionados:
– Sobre a falta de medicamentos, apontada pelo médico: estes medicamentos estavam à disposição no depósito do Pronto Atendimento. Entretanto, não houve a reposição aos profissionais pela enfermeira responsável. Quanto a isso, a Secretaria de Saúde já notificou a profissional responsável e vai trabalhar para que, a partir de agora, isso não venha a ocorrer novamente. Mesmo assim, existiam remédios similares como opção aos profissionais médicos e que poderiam ter sido receitados;
– A respeito da falta de limpeza no Pronto Atendimento: um processo licitatório foi homologado e, em poucos dias, uma empresa terceirizada deve assumir estes trabalhos. Por enquanto, a Prefeitura tem utilizado seus servidores efetivos para tal função, sendo que, neste dia, a limpeza foi realizada das 7h às 19h, não deixando desguarnecido o PA.
– A declaração, através do WhatsApp, de que “os profissionais que não estivessem satisfeitos deveriam deixar a função”, existiu mesmo e a pessoa responsável já foi advertida por esta postura não ser a adequada.
A Prefeitura de Caçador, através da Secretaria de Saúde, reforça o compromisso com a população em prestar o melhor atendimento e trabalha para resolver os problemas apontados neste setor.
O Pronto Atendimento é um local que deve receber casos de urgência, mas acaba tendo uma demanda bem maior de casos de menos gravidade e que poderiam ser resolvidos nos postos de saúde. Mesmo assim, para evitar filas e contratempos, foi contratado um terceiro médico para atender no PA, diminuindo as filas e agilizando os procedimentos.
A Secretaria afirma ainda que muitos são os problemas existentes na Saúde e que, aos poucos, vêm sendo resolvidos.
Reclamações a respeito da qualidade do atendimento, dos serviços e da falta de atendimento devem ser encaminhadas para a Ouvidoria da Prefeitura, através do (49) 3666-2490.