O Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) e Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) anunciaram nesta terça-feira (28) que o estado terá redução de 5% a 6% no volume de produção de carnes. A redução é reflexo da Operação Carne Fraca, deflagrada no dia 17. O prejuízo ao longo do ano pode passar dos US$ 260 milhões.
Em Santa Catarina, a empresa de carnes Peccin de Jaraguá do Sul foi interditada, e o diretor, preso. Todos os funcionários receberam aviso prévio na segunda (27). Segundo o supervisor de produção da unidade, a empresa decidiu dispensar todos os funcionários por não suportar o prejuízo.
“Isso é muito impactante pra um setor que já veio de um ano de 2016 muito difícil e que esperava no ano de 2017 uma recuperação de resultados”, disse o diretor do Sindicarne e também presidente da ACAV, José Antônio Ribas Júnior.
Diversos países realizaram o embargo na compra das carnes ou retiraram produtors da prateleiras. Outros voltaram atrás, como Hong Kong, que retomou as importações.
As entidades e indústrias tentam retomar a confiança do mercado externo. Dentro deste trabalho, empresários da Coréia do Sul devem vir a Santa Catarina em maio pra visitar uma propriedade de criação de suínos e industrias.
“Que se façam as análises, que se façam os laudos pra realmente provar que o produto é de alta qualidade. Esse é um trabalho um pouco mais lento, mas absolutamente necessário”, reforçou Ribas Júnior.
Férias coletivas
A JBS, dona de marcas como Seara e Friboi, vai dar férias coletivas a funcionários de Nova Veneza, no Sul catarinense, informou o Sindicarnes. Outras duas unidades do estado da empresa não devem ser afetadas, em Forquilhinha e Morro Grande.
A partir de 3 de maio, 1.250 funcionários da unidade entram em férias. A outra metade entra em férias no mês seguinte, em junho.
A justificativa para a medida é que 75% da produção da unidade de Nova Veneza é comercializada para outros países.