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Encerrada auditoria em frigorífico de Jaraguá do Sul

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Terminou nesta quarta-feira (22) a auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na empresa de carnes interditada pela Operação Carne Fraca em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. O que foi coletado será enviado para análise em um laboratório. Nesta quarta, o diretor da empresa, que foi preso, foi transferido de Joinville para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Três auditores fiscais do Mapa e um agente de inspeção começaram na segunda-feira (20) a auditoria. A unidade da empresa Peccin Agro Industrial foi interditada de maneira cautelar na sexta-feira (17), durante a operação da Polícia Federal. A empresa diz que foram divulgadas “inverdades” sobre o seu sistema de produção” e que aguarda a apuração dos fatos.

A operação deflagrada em vários estados do país combate a venda de carnes vencidas ou de má qualidade em empresas brasileiras.

O diretor da empresa fez exames no Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joinville e depois foi levado para a capital paranaense. Lá ele deve prestar depoimento e continuar preso preventivamente.

Há suspeita de desvio no padrão de qualidade na empresa. O trabalho da auditoria consistiu em uma análise minuciosa da documentação e no recolhimento de produtos, desde a matéria-prima até o produto final.

Em nota, a empresa afirma que tem interesse em contribuir com as investigações e que está confiante de que os fatos serão esclarecidos. Segundo a Peccin Agro Industrial, “falsas alegações” culminaram na prisão preventiva.

Segundo o Mapa, a unidade, com 80 funcionários, processa aproximadamente 10 mil toneladas de alimentos por mês.

Resultados em 20 dias
Conforme o Mapa, a previsão é de que os resultados sejam emitidos em 20 dias. O superintendente do órgão em Santa Catarina, Jacir Massi, explicou que foi feita uma coleta documental e de amostras, que passarão pela análise de um laboratório.

“O trabalho considera o sistema de autocontrole, que compreende 18 aspectos do processo produtivo da indústria, desde o recebimento de matérias-primas, pontos críticos de controle, controle de insetos e roedores, higiene pré-operacional, bem como uma análise de todos o sistema durante o processamento”, explicou Massi.

Comparativo e laudo
Conforme o superintendente, a empresa interditada em Jaraguá do Sul não é matadouro, ela apenas recebe carnes inspecionadas para serem processadas e transformadas em presunto, linguiça e salsicha.

“Um laudo com o resultado da análise, se há insumos, ou seja, um dos ácidos que podem ser usados para mascarar a má qualidade dos produtos deve ser divulgado em até 20 dias”, concluiu.

Posição da empresa
A Peccin Agro Industrial afirmou que “os órgãos competentes saberão discernir a efetiva veracidade dos fatos que ora se alegam, ainda, conclama pela paciência e serenidade da sociedade para o esclarecimento dos fatos verdadeiros” e que “tem amplo interesse em contribuir com as investigações, em busca da verdade, estando inteiramente à disposição das autoridades policiais para prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”.

A empresa ressaltou ainda que não tem qualquer vínculo com a Peccin S/A, indústria gaúcha de doces e chocolates.

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