O número de usuários e de dinheiro gerado no Facebook não para de crescer há algum tempo, mas Mark Zuckerberg está passando por uma crise em sua própria empresa. Recentemente, um grupo de investidores iniciou uma campanha para remover o cofundador e atual CEO da rede social do conselho de diretores.
“Acreditamos que combinar esses dois papéis em uma única pessoa enfraquece a governança de uma corporação”, diz o documento oficial da petição. Ela foi iniciada por donos de ações do Facebook que fazem parte do SumOfUs, uma organização online que faz investimentos em empresas para iniciar campanhas ligadas a temas como direitos humanos, discriminação e defesa dos direitos dos funcionários.
A saída de Zuckerberg do quadro de direção do Facebook seria uma maneira de ele manter o cargo como CEO, porém sem tanta influência nas discussões e em algumas das decisões. Segundo os investidores interessados, um conselheiro independente iria “fiscalizar os executivos da companhia, aprimorar a governança da corporação e criar uma agenda mais transparente e a favor dos acionistas” de forma mais neutra e livre de tantos interesses.
O que ele fez de tão ruim?
Foram várias as decisões do CEO a respeito das ações da empresa que causaram o descontentamento com os investidores da SumOfUs. Uma delas foi a reformulação do sistema de ações da companhia, de forma que Zuckerberg ganhasse ainda mais poder de decisão, além de manter o controle do Facebook mesmo que se afastasse do cargo para assumir um trabalho no governo dos EUA.
Apesar do esforço, é difícil que isso se torne realidade
Várias companhias mantêm o CEO como membro do conselho diretor justamente para que ele participe de decisões de uma forma mais coesa. O Facebook ainda não se manifestou a respeito da campanha e não se sabe se o número de acionistas favoráveis à saída de Zuckerberg do quadro diretor é o suficiente para que essa decisão de torne realidade. Apesar do esforço, é difícil que isso aconteça: o executivo é também um dos maiores acionistas atuais e pode facilmente derrubar a petição com a ajuda dos outros figurões do conselho.
