Com a chegada do Verão, aumentam os casos de acidentes com a lagarta Lonomia obliqua, mais conhecida como taturana. Podendo atingir 6 cm de comprimento, estas lagartas apresentam espinhos verdes sobre o corpo. O corpo é marrom escuro com uma faixa marrom (diferenciada do resto do corpo) que se estende por todo o dorso do inseto, sendo margeada por um estreito contorno preto, e este é limitado por outro contorno branco (mais externo).
A presença desse tipo de lagarta é comum na Região Sul do país, mas o Oeste de Santa Catarina registra uma presença maior. Ele é encontrado, principalmente, no tronco das árvores, quando desce das folhas para se alimentar, mas não ataca a população.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) lançou alerta com cuidados que devem ser tomados quanto a acidentes com o animal.
A proximidade de matas e terrenos baldios também requer atenção. Em regiões onde há enchentes o risco é grande, pois esses animais são obrigados a deixarem seus habitats em busca de um novo local, refugiando-se, muitas vezes, dentro das casas.
De acordo com Ivânia da Costa Folster, responsável pela área técnica na Gerência de Vigilância de Zoonoses (Gezoo), muitos acidentes acontecem por desatenção. “Nesta época do ano as pessoas passam fazer trilhas e outras atividades ao ar livre, aproximando-se desses animais, aumentando os riscos de picadas”, disse.
Acidentes causados pelas taturanas são os mais perigosos porque, além de provocarem dor e queimadura, podem evoluir para quadros hemorrágicos.
No caso de picadas ou mordeduras é preciso tratar a lesão como se fosse causada por um animal venenoso, e buscar rapidamente atendimento em uma Unidade de Saúde. A referência para atendimentos de acidentes por animais peçonhentos no estado é o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC), com funcionamento pelo telefone 0800 643 5252, por 24 horas, todos os dias da semana.
Recomendações: o que fazer em caso de acidentes
Manter a vítima calma e deitada, evitando movimentos para não favorecer a absorção do veneno;
Tentar manter o membro afetado no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;
Localizar a marca da mordedura, limpar o local com água e sabão e cobrir com um pano limpo;
Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;
Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário;
Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o antiveneno específico.
Como evitar acidentes com animais peçonhentos
Usar botas: no corte de vegetação e limpeza de terrenos evita até 80% dos acidentes com cobras. Porém, antes de calçar as botas, verifique se não há aranhas, escorpiões ou outros animais peçonhentos na parte interna.
Proteger as mãos: não coloque as mãos em frestas, tocas, cupinzeiros, ocos de troncos. Use um pedaço de madeira para verificar se não há animais nesses locais. Utilize luvas para limpeza doméstica.