A Parati Alimentos, indústria de massas, biscoitos e outros itens de São Lourenço do Oeste, Santa Catarina, foi vendida para a multinacional Kellogg, dos EUA, por R$ 1,38 bilhão (US$ 429 milhões).
A americana comunicou nesta quinta-feira que adquiriu a holding Ritmo Investimento, controladora da empresa. Tradicional fabricante de cereais matinais como a marca Sucrilhos, a Kellogg avança no mercado brasileiro de biscoitos, massas, barras de cereais e guloseimas. Este ano, a receita da Parati deve alcançar R$ 600 milhões.
A Kellogg Company é líder mundial em cereais e a segunda maior fabricante de biscoitos, cookies e snacks salgados do mundo. A compra, feita pela subsidiária Pringles Serviços e Comércio de Alimentos Ltda, é o maior investimento da empresa americana na América Latina. A decisão final ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo a assessoria da Parati, a opção pela venda ocorreu porque os sócios da empresa estavam em busca de um parceiro estratégico para realizar investimentos necessários que permitiriam um novo patamar para competir no mercado. Conforme executivos da Ritmo Investimentos, a expertise e a força da Kellogg, aliadas à plataforma e ao time da empresa adquirida, terão excelentes resultados e conquistas.
As empresas da Ritmo Investimentos – Parati, Pádua e Afical – têm 3,2 mil colaboradores, 78 mil metros quadrados de área construída e 47 linhas de produção. Fabricam cerca de 100 mil toneladas de alimentos por ano entre biscoitos, snacks, massas, cereais, balas e bebidas em pó. Na lista das principais marcas do grupo catarinense estão Parati, Trink, Hot Cracker, Minueto, Zoo Cartoon, Pádua, Bom de Bola, Radkau, Granofibra, Flay Gourmet e Joker. Um dos mais novos negócios é uma unidade de mel no Nordeste, a Afical.
A venda da empresa catarinense acontece exatamente um ano após a morte do seu fundador, o imigrante italiano Angelo Fantin. Ele faleceu em outubro do ano passado em função de um AVC.
(Fonte: Estela Benetti)