Exonerados de projetos esportivos e de cultura, vários professores de Caçador estão indignados. A maioria dos profissionais que procurou o Portal Notícia Hoje foi informada da decisão por mensagem de celular. Agora, eles querem respostas ou motivos que justifiquem a atitude da Prefeitura, que, sem ao menos avisar de forma antecipada, dispensou todos.
Em alguns casos, como o da professora Eliane Alves, a preparação das alunas de balé para apresentações de final de ano se estendeu por diversos meses e, agora, as crianças ficarão à mercê por conta da atitude da Prefeitura.
“Nós queremos que os projetos continuem no ano que vem, então precisamos saber por que estão mandando todos embora e se os projetos vão continuar, já que envolvem nós profissionais que trabalhamos nisso há muitos anos”, completou a professora.
De acordo com os professores, a lista de dispensados é bastante extensa e a indignação é geral.
“Nós fomos contratados em abril e faltando dois meses pra encerrar o ano soubemos por terceiros que não fazíamos mais parte do plantel da prefeitura. Do nada cancelaram nosso contrato e isso causou indignação. Segundo eles foi devido a gastos, mas até agora não sabemos se é verdade”, ressaltou o professor Joel Caetano.
Estão envolvidas nos projetos mais de 1 mil crianças, que participavam de atividades como de Taekwondo, balé, música, Capoeira e futsal, que é a modalidade com maior concentração de praticantes.
“Nós nos questionamos de onde está o esporte de base. Já ficamos sem assistência durante o ano, pois não temos um incentivo. Pensamos em competir e levar a criançada e não pudemos ir pra nenhuma competição. Isso nos deixa triste e chateado”, completou o professor Godoy.
A secretária de Educação, Mari Morona, afirmou por telefone que só irá se pronunciar oficialmente na próxima segunda-feira. Mesmo assim, ela adiantou que até agora não foi tomada nenhuma decisão e que as ligações que muitos receberam foi do RH da Prefeitura convidando para uma conversa.