O vereador Carlos Evandro Luz, o Carlão, considerou a operação na Câmara Municipal de Caçador, realizada pela Polícia Civil nesta segunda-feira, 22, uma “ação exagerada”. Ex-delegado, Carlão afirmou que atuou por 33 anos como servidor público e 20 como vereador e não tem nenhuma temeridade com relação à sua conduta e mantém a consciência tranquila e as mãos limpas.
“Respondo por mim com extrema tranquilidade. E, se porventura algum vereador ou servidor estivesse envolvido com isso, o delegado deveria dar o nome de todos para que possam responder e nós, tomarmos as providências administrativas que se fizerem necessárias”, destacou.
Além disso, Carlão afirmou ainda que a operação mostrou um excesso por parte dos policiais. “Apenas para aparecer e demonstra o despreparo de alguns policiais que parece que se foram confrontar com pistoleiros, com bandidos, armados, quando bastava apenas um ofício que responderíamos prontamente”, completou.
O vereador reafirmou também a sua posição crítica por conta do mau uso do dinheiro público e que nunca ouvi falar sobre algo semelhante ao que foi levantado pela operação. “Mas, não sou contra a ação. Quem não deve não teme e não temo nada. Inclusive, estamos ávidos para que a polícia demonstre se há alguém culpado em Caçador que vamos tomar as medidas necessárias”, finalizou.
Jorge Savi
O vereador Jorge Savi afirmou que ficou sabendo da operação apenas através da sua assessoria de gabinete e, mais tarde, pela imprensa. “Estou muito tranquilo. Acredito que nos meus 12 anos de mandato, fui umas 3 ou 4 vezes apenas para estes cursos e, em todos, fui e participei ativamente. Mas, vou me inteirar sobre o assunto para então poder trazer uma resposta para a sociedade”, ressaltou.
Wilson Binotto
Já o vereador Wilson Binotto, que está no seu 8º mandato, se mostrou extremamente indignado com a situação. Segundo ele, desde que entrou na Câmara, nunca ficou sabendo de qualquer falcatrua parecida com o que se fala nesta investigação. “Sempre participamos de congressos e cursos que existiram. Temos respeito pelo dinheiro público e, se o fizemos, foi para estarmos cada vez mais aptos para legislar em favor dos caçadorenses”, salientou.
Além disso, Binotto foi enfático em dizer: “Se soubéssemos, por exemplo, que algum vereador ou servidor estaria indo em cursos que não existiam, jamais iríamos aceitar. Ninguém na Câmara é criminoso e nem ladrão. Temos um nome a zelar e uma história na política caçadorense”, finalizou.