E não é que Gloria Maria saiu do Rio de Janeiro para experimentar maconha na Jamaica? A repórter mostrou a experiência em matéria exibida na sexta-feira (1), no Globo Repórter. O uso medicinal ou religioso da planta é permitido por lei naquele país caribenho desde 2015.
“Uau!”, disse a jornalista, enquanto arregalava os olhos, fazia expressões faciais engraçadas e tentava dissipar a fumaça da erva. Rastafáris que ofereceram a maconha riram da reação da repórter. A música mística usada como trilha deixou a cena ainda mais surreal para o padrão ‘careta’ da Globo.
“Fiquei totalmente tonta”, relatou a jornalista. Já o efeito nas redes sociais foi outro: euforia na potência máxima. Minutos depois de a cena inusitada ir ao ar, surgiram montagens satirizando a veterana da TV. Gloria Maria, quem diria, viralizou ao fumar cannabis.
A sequência de apenas 20 segundos suscitou também uma guerra de opiniões divergentes sobre a descriminalização da maconha. Esse tema é combustível para posições radicais, assim como a ideologia política e a posição partidária.
Com 45 anos de Globo, Gloria Maria ainda consegue surpreender o telespectador. Poderia estar até hoje na confortável função de apresentadora do Fantástico, ocupada por ela entre 1998 e 2007.
Inquieta, ela preferiu voltar à reportagem e colocar os pés na estrada. Fez muito bem. Seu registro de lugares e culturas diferentes tira o Globo Repórter da mesmice.
E o frequente humor involuntário, como o visto em sua experiência com a maconha jamaicana, atrai um público jovem que não costuma sintonizar a atração. A cena merece constar na Retrospectiva 2016 da emissora.
Exibido no canal desde 1973, o programa apresentado por Sérgio Chapelin tem feito boa temporada este ano. A média de audiência está em 22 pontos.
