A taxa de desemprego no Brasil subiu a 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro, maior nível da série iniciada em 2012, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa em pesquisa daReuters era de que a taxa chegasse a 10,1% em fevereiro segundo a mediana das projeções.
Além de ter sido o mais alto resultado já registrado no levantamento, foi a primeira vez que a taxa de desemprego alcançou dois dígitos na Pnad Contínua. Nos três meses até janeiro, a taxa havia atingido 9,5%. O índice ficou bem acima do registrado no mesmo período de 2015, quando alcançou 7,4%.
A população desocupada somou 10,4 milhões de pessoas, um crescimento de 40,1% na comparação com igual trimestre de 2015. Já a população ocupada, de 91,1 milhões de pessoas, caiu 1,3% na mesma base de comparação.
O rendimento médio real foi de 1.934 reais, queda de 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Substituição – Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.