Em mais uma reportagem da série Profissionais do Bem, que tem como objetivo apresentar a comunidade o trabalho, as obras, os investimentos e o funcionamento do Hospital Maicé, em Caçador, o Portal Notícia Hoje, em parceria com demais veículos de comunicação, apresenta a entrevista com o médico Ademar Schmitz, que é formado em medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina, fez especialização em Urologia em São Paulo e que atua no hospital há mais de 35 anos.
Ele relata que, além da formação, tem feito diversas especializações ao longo desses anos. “É imprescindível que os profissionais da área da saúde estejam informados e adquirindo conceitos através de cursos, congressos e graduações posteriores, os quais que geralmente são feitos em grandes centros ou até mesmo no exterior”.
O médico frisa ainda que entre os maiores desafios da profissão está o de dar início às atividades, principalmente em uma cidade do interior. “Quando vim para Caçador, a cidade era muito pequena e não oferecia a especialidade. O Maicé recém havia iniciado as atividades e nós praticamente crescemos juntos. Isso demanda tempo para que as pessoas conheçam a especialidade e o profissional”, comenta.
No que se refere à comunidade, ele destaca que a participação é de extrema importância. “O hospital é voltado para a comunidade e da maneira que vem sendo feito, vem ao encontro da comunidade. Hoje, segundo dados do hospital, 86% dos pacientes são atendido pelo SUS. Segundo o Conselho Federal de Medicina, os governos gastam no país R$ 3,89 dia por habitante com saúde, ou seja R$1.419,8 ano por habitante, valor esse que vem diminuindo em função do aumento da população. Se o atendimento gira em torno de 86% em uma cidade que só temos um hospital é lógico que cada vez menos teremos oportunidade de atender melhor atendimento, por uma questão econômica.O que se espera hoje é a ajuda da população e também da entrada de capital através de fundos de saúde que o hospital busca
Projeto Maicé
O médico frisa ainda que o Maicé atende hoje uma demanda ainda maior em função dos municípios vizinhos que não possuem hospital. “O hospital sozinho não subsiste, precisa de um aporte de valores para crescer, não só na parte de novas especialidades e ampliar as que existem ou ainda oferecer atendimento de alta complexidade. Tudo isso demanda de tempo, investimento e estrutura e o hospital á deficitário na questão do custeio, ou seja, os impostos, funcionários, materiais. Esse é o x da questão. o hospital recebe verba, mas para destinação específica. Para os custos de manutenção é preciso arrecadar valores para mantê-lo aberto”.
Ele finaliza destacando que acredita no projeto que está sendo desenvolvido. “O hospital precisa dos médicos, os médicos do hospital e a população do hospital e dos médicos. É uma interação e todos nós queremos que o hospital vá bem, por que a população vai ter seu retorno e os médicos também. As melhorias vêm pra somar, mas ainda há muito que acontecer para tudo estar funcionando”, completa.