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Saiba o que é boato e o que é verdade sobre o zika vírus

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zika

Em meio a tantas dúvidas que o vírus da zika e os casos de microcefalia suscitam na população, e enquanto a relação definitiva entre ambos não é oficialmente mostrada, boatos dos mais diferentes tipos e origens ocupam rodas de conversas e se multiplicam na internet.

Para ajudar confira uma lista de boatos e verdades sobre o zika vírus para esclarecer dúvidas acerca deste assunto:

Boato: O larvicida pyriproxyfen, usado pelo Ministério da Saúde desde 2014, estaria relacionado aos casos de microcefalia.

Fato: Sites de notícias e blogs disseminaram a informação com base em relatório da organização argentina “Physicians in the Crop-Sprayed Towns” (médicos nas cidades com colheita pulverizada, em tradução livre). O texto porém não se baseia em nenhum estudo científico.

A organização cita também nota técnica da Abrasco, que alerta para o uso continuado de larvicidas na água de famílias do Nordeste. Nesta semana, a Abrasco divulgou nota negando que tenha feito tal associação.

Boato: Crianças e idosos estariam apresentando ‘sequelas neurológicas graves’ após terem zika.

Áudios que circulam no WhatsApp dizem que há crianças “chegando aos hospitais já em coma”, em Pernambuco.

Fato: A Secretaria de Estado da Saúde afirma que “não está sendo observada, em qualquer idade, mudança no padrão de ocorrência dos casos de encefalite relacionados ao vírus zika ou qualquer outro vírus”. O vírus zika e outros, como varicela, herpes vírus, enterovírus e dengue, podem causar danos neurológicos, mas no cenário atual não há registro de aumento desses casos em crianças.

O vírus poide deixar sequelas neurológicas, mas isso é raro, independente da idade e está ligado a quadros de baixa imunidade.

Boato: Vacinas contra rubéola aplicadas em gravidas, DTPA e vacinas vencidas contra rubéola causariam microcefalia.

Fato: Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacina contra rubéola não é usada e grávidas e uma dose vencida do imunizante não tem poder de causa microcefalia, apenas deixaria de proteger a pessoa contra a doença. A vacina contra coqueluche, difteria e tétano é segura e há resultados que mostram que ela diminui a morte de bebês.

Assim como o Ministério da Saúde, a especialista afirma que as vacinas são seguras e passam por controle de qualidade.

Boato: A microcefalia é transmitida por bactérias inoculadas em mosquitos.

Fato: Projeto da Fiocruz, conduzido com parceiros internacionais está usando bactérias do gênero Wolbachia para enfraquecer o Aedes aegypti e atrapalhar a sua disseminação. A tecnologia já foi testada com sucesso em países como Austrália, Vietnã e Indonésia e não houve qualquer associação com casos de Microcefalia.

Boato: Na Colômbia mais de 3 mil gestantes com a doença deram a luz e não houve registros de microcefalia.

Fato: Dados do governo colombiano mostram que de 3.177 gestantes com suspeita da doença, só 386 já tiveram seus filhos e um caso é investigado por ter defeitos congênitos. 57 gestante terminaram em abortos.

Ao todo, as gestantes que tiveram zika já passaram de 5 mil. Sobre esse dado, porém, não há informação de quantas deram a luz.

Boato: É possível ter uma tríplice infecção, pegando dengue, zika e chikungunya ao mesmo tempo.

Fato: Infectologistas acham muito improvável. O secretária da Saúde, David Uip, relata ter recebido um paciente no consultório com sorologia positiva para os três, mas no final ele sofria apenas de chikungunya.

Boato: Mosquitos geneticamente modificados estariam potencializando o vírus da zika, em vez de ajudar no combate.

Fato: Testes com esses mosquitos estão em andamento e não há nenhuma comprovação de que isso possa ocorrer.

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