Aproximadamente 20 anos atrás, quando eu era um estudante universitário, arranjei um trabalho em uma loja de souvenirs no museu da universidade. Um dia, enquanto trabalhava no caixa da loja, um casal entrou empurrando uma menina em uma cadeira de rodas.
Quando olhei a garotinha mais de perto, pude observar que ela não tinha nem braços e nem pernas. Era apenas cabeça, pescoço e tronco. E ela usava um caprichado vestidinho azul com bolinhas vermelhas.
Continuei com meu trabalho enquanto o casal circulava pela loja até que vieram até o caixa. Levantei a cabeça em direção à menina e lhe dei uma piscadinha.
Quando devolvi o troco aos avós da garota pude perceber que ela me sorria. O sorriso mais atraente e bonito que eu já tinha visto. De repente todo o problema da menina tinha desaparecido.
Tudo o que eu via era uma bonita menina cujo sorriso me derreteu e, imediatamente, me deu um sentido completamente novo para a vida. Ela me tirou daquele mundinho pobre e infeliz de um estudante egoísta e me levou para o mundo dela: um mundo de sorrisos, amor e calor.
Isto aconteceu há quase vinte anos. Hoje sou um bem sucedido homem de negócios e sempre que fico meio pra baixo, pensando nas dificuldades, me lembro daquela menininha e a notável lição de vida que ela me ensinou, e me deixo transportar àquele mundo de sorrisos.