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“Estamos trabalhando para o bem dos cidadãos”, fala o diretor da Dittesc

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. Em entrevista, o diretor do órgão, Allex Atolini, ressalta que é dever da Dittesc promover ações diariamente para a preservação dos patrimônios públicos

A Diretoria de Trânsito, Transporte e Segurança (Dittesc) da Prefeitura de Caçador, vem atuando de forma estratégica em pontos específicos do centro urbano do município, com fiscalizações, orientações e também modificações no trânsito caçadorense. Em entrevista, o diretor do órgão, Allex Atolini, ressalta que é dever da Dittesc promover ações diariamente para a preservação dos patrimônios públicos e uma intensa atuação no trânsito que beneficie tanto motoristas como pedestres, mas que, no entanto, é preciso também a conscientização de todos sobre suas responsabilidades.

O município de Caçador cresceu e também sua frota de veículos. Quais as dificuldades encontradas neste aspecto?

Allex Atolini – Caçador hoje tem uma frota que se aproxima de 50 mil veículos e suas vias não foram planejadas para tal e a população ainda não se adaptou totalmente a essa nova realidade. Temos um fluxo de cidade grande com motoristas que ainda procuram trafegar pelas mesmas rotas e que somente suas prioridades é que importam. A maciça maioria dos motoristas são conscientes e possuem atitudes corretas na condução dos veículos, mas existe uma pequena minoria que desrespeita a sinalização e transitam de forma agressiva e perigosa, levando perigo para os demais e muitas vezes causando acidentes com vítimas fatais, levando sequelas e sofrimento às famílias.

A atuação mais rigorosa e frequente em parceria com a Polícia Militar deve-se a isso?

Allex Atolini – Sim, a fiscalização é importante, pois é uma forma de prevenção. Alguns condutores, quando orientados, acatam e não incorrem novamente no erro, mas muitos só respeitam quando são punidos administrativamente e precisam pagar multas. Este é um trabalho difícil de ser realizado, pois não gostaríamos que os motoristas precisassem ser punidos pelas Lei, porque sempre buscamos a conscientização.

Como coibir os excessos de velocidade?

Allex Atolini – Muitos falam que a solução é colocar lombadas, mas esquecem que essa é uma medida imediatista e que resolve o problema de forma ilusória, porque apenas naquele local o condutor reduz a velocidade, e metros depois acelera pra compensar o tempo perdido.

Temos que trabalhar no sentido de evitar obstruções na via, proporcionar ruas com condições de trafegabilidade em velocidade constante e segura, sem interrupções. Mas para isso o motorista vai precisar andar trechos maiores, porém poderá andar em velocidade segura e constante. E o mais importante de tudo, a conscientização sobre os perigos do trânsito, desde os mais jovens que estão saindo dos Centros de Formação de Condutores. A educação é o primeiro passo para que possamos preservar vidas. Redutores de velocidade podem até auxiliar, mas as atitudes corretas é que preservam vidas.

Quais os reflexos deste trabalho para os pedestres, que muitas vezes se sentem inseguros?

Allex Atolini – Temos que dar condições aos pedestres de se sentirem seguros ao atravessar uma rua, podendo confiar que na direção do veículo está um motorista respeitável e que dá valor a vida humana. Mas precisamos também mostrar ao pedestre que hoje nossa cidade, pelo menos em grande parte das ruas, não há mais condições de atravessar aonde bem entender. Que não dá mais para deixar as crianças brincando nas ruas a vontade. Que não podemos mais colocar nossos carros sobre o passeio ou mesmo estacionar de forma irregular.

São pequenas atitudes, mas que se somadas vão salvar vidas. A Dittesc faz um trabalho preventivo, por isso não é capa de jornais e nem noticiários, porque o que se é evitado não gera notícia, e nosso objetivo é esse, não ter acidentes e tragédias no trânsito sendo anunciadas.

Quais as maiores dificuldades para por em prática o trabalho?

Allex Atolini – As dificuldades são grandes, como por exemplo, a questão financeira no Brasil, onde as Prefeitura ficam com uma fatia muito pequena dos recursos federais e somente com recursos próprios não é possível investir em tudo que se precisa.

Além disso temos que criar a consciência nas pessoas sobre as novas mudanças no trânsito, que sempre buscam melhorar a trafegabilidade. Temos ainda comerciantes que não abrem mão de perder uma vaga em frente ao seu estabelecimento, mesmo que isso traga segurança e fluidez ao trânsito. Caçador cresceu de forma desordenada e temos ruas estreitas e íngremes, sinalização precária, entre outros. Tudo isso somado se transforma em um grande problema que demanda de tempo para ser resolvido, mas que estamos empenhados em, mesmo que a longo prazo, resolvê-los para ter um trânsito seguro a todos.

Precisamos fundamentalmente da compreensão dos motoristas quanto às mudanças. Fazer um trecho diferente do habitual é sempre um incomodo, porque tem que sair da zona de conforto. Mas mudanças são necessárias e  é preciso saber que toda mudança é feita baseada em um planejamento e não ao mero acaso. As mudanças são visando a segurança das pessoas, e posterior a isso a fluidez dos veículos. Se a mudança se mostrar inútil ou trazer prejuízos a comunidade ela será avaliada e revertida, mas é preciso paciência e tempo para que as pessoas se adaptem as mudanças no trânsito e ela então se mostre efetiva ou não. Não adianta criticar no mesmo dia em que a ação foi feita, é preciso dar tempo. Dizer que algo vai dar errado só porque “acha” que vai, é pensamento retrógrado e Caçador merece um pensamento olhando para o futuro, humanizado e que acolha a curto, médio e longo prazo, o que for melhor para todos os cidadãos. A Dittesc está sempre a disposição para atender, ouvir e tirar dúvidas. Contem conosco pois nosso objetivo é o bem, a segurança no trânsito e a fluidez da tráfego.

 

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