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Para Vygotsky, a consciência define o comportamento sendo, portanto, a chave para a estrutura psicológica. Ao defender a consciência, Vygotsky, como os pensadores contemporâneos, defendeu-a em termos de idéias prevalecentes naquela época. A teoria corrente era, então, a reflexologia, ou o estudo do comportamento como reação corporal generalizada.

Pensar era um reflexo com reação motora inibida, ou seja, uma reação sem ação explícita correspondente (FRAWLEY, 2000). Da mesma maneira que as teorias modernas atribuem a consciência a uma mente automática, inferior através da herança de propriedades computacionais, a explicação de Vygotsky é inerente, considerando a consciência como construída a partir de seus próprios recursos.

Tanto Vygotsky como os computacionalistas consideram que deve haver uma continuidade de estrutura entre a mente inferior e a consciência, ou seja, a forma como a mente inconsciente deve passar para a consciência, para ser evitado o dualismo.

Uma técnica de entender a consciência ou a experiência interpretada é através da polêmica noção filosófica de qualia. Alguns argumentam que casos de experiência com consciente têm uma determinada sensação ou qualidade associada a eles.

A metaconsciência é a consciência e a organização deliberada da experiência ou, de forma mais simples, a autoconsciência.

A metaconsciência é lembrar-se ou associar de forma explícita experiências que são, sob outros aspectos, conscientes. A autoconsciência teve uma história algo irregular, entre outros motivos por ser freqüentemente fundida com a consciência simples.

A distinção entre consciência e metaconsciência deve, de fato, ser feita de maneira bastante clara. A autoconsciência possui propriedades bastante específicas: a consciência é necessariamente autoconsciência apenas no sentido fraco de que ambas são ligadas pelos mesmos cérebro/mente.

A consciência surge de manipulações puramente computacionais de processos não-conscientes. Da mesma forma, a metaconsciência deve ser extraída da consciência e pela consciência.

A melhor maneira de pensar sobre o processamento não-consciente, sobre a consciência e sobre a metaconsciência é como modos de experiência caracterizados por um conjunto de propriedades sobrepostas, não como estados de máquinas ligados, estanques.

A consciência possui efeitos locais e implementação distribuída. Cada modalidade possui sua consciência concomitante e é parte de um conjunto distribuído de integradores locais sem um sintetizador necessariamente central da consciência. Embora alguns argumentem que fragmentar a consciência dessa maneira nada faz para explicá-la, a idéia de consciência está em conformidade com as evidências neurológicas.

Por serem fundamentalmente representacionais, o processamento não-consciente e o consciente estão sujeitos às mesmas restrições gerais. De modo geral constituem a estrutura que acomoda tanto o computacionalismo tradicional como as visões da inserção mente/cultura.

A consciência não é a atenção constantemente focalizada, mas o foco contra um fundo de não-foco. Portanto, os limites da consciência surgem da integração de sua estrutura dupla.

A importância desse ponto surgirá novamente na discussão da unidade e persistência da consciência e do desaparecimento da metaconsciência.

A função da consciência é ser inclusiva, interpretar a experiência a partir do interior abrangente.

Enquanto o processamento não-consciente produz modelos com o objetivo de mera persistência, a consciência aglutina com o objetivo de mudar. Como conseqüência, as funções de monitoramento e de controle da consciência são freqüentemente observadas já que equilibrar a coesão e a mudança requer a supervisão para assegurar a resposta corretamente selecionada.

A percepção é o conjunto de processos pelos quais as pessoas reconhecem, organizam e entendem as sensações recebidas dos estímulos ambientais. A percepção abrange muitos fenômenos psicológicos.

Muitas vezes as pessoas não percebem coisas que existe ou percebe coisas que não existe. A existência de ilusões perceptivas sugere que o que o indivíduo percebe não é necessariamente o que ele compreende.

Sua mente deve estar captando a informação sensorial disponível e manipulando-a, de algum modo, para criar representações mentais de objetos, propriedades e relações especiais de seu ambiente (STERNBERG, 2000).

Muitas explicações teóricas da percepção começam do básico, observando o estímulo físico – a forma ou o padrão observável – que está sendo percebido, e, depois, chegam gradativamente aos processos cognitivos de ordem superior, tais como a organização de princípios e os conceitos.

Ainda que os psicólogos tenham estudado mais a percepção visual do que a percepção em qualquer outra modalidade, principalmente em relação aos padrões nas palavras escritas, também pode-se dizer a respeito da percepção auditiva, principalmente com relação aos padrões nas palavras faladas. Assim, a percepção da fala é fundamental para a vida cotidiana.

Ademais disso, a percepção pode ser considerada a partir de duas abordagens teóricas básicas: a percepção direta ou a percepção construtiva. O ponto de vista da percepção construtiva sustenta que o perceptor constrói ou cria o estímulo que é percebido, usando tanto o conhecimento prévio e a informação contextual, como a informação sensorial.

Em contrapartida, o ponto de vista da percepção direta afirma que toda a informação de que o indivíduo necessita para perceber está no input sensorial (STERNBERG, 2000). Uma alternativa a ambas as teorias sugere que a percepção pode ser mais complexa do que os teóricos da percepção direta, podendo, não obstante, envolver também o uso mais eficiente dos dados sensoriais do que os teóricos da percepção construtiva

 

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