Quem aspira a compreender como o pensamento se modifica ao longo da vida estudam o desenvolvimento cognitivo, a investigação de como as habilidades mentais se criam e modificam com a crescente maturidade fisiológica.
Os pesquisadores do desenvolvimento cognitivo estudam as discrepâncias e as similaridades entre pessoas de diferentes idades, demandando descobrir como e por que as pessoas pensam e comportam-se diferentemente em diferentes épocas de suas vidas.
O desenvolvimento cognitivo envolve mutações qualitativas no pensamento, tanto quanto mudanças quantitativas, tais como o aumento do conhecimento e da capacidade.
A maioria dos psicólogos cognitivos concorda com o fato de que as mudanças de desenvolvimento ocorrem em conseqüência da interação, do sazonamento e da aprendizagem (STERNBERG, 2000).
Entretanto, alguns deles outorgam ênfase muito maior à maturação, que se refere a qualquer mudança relativamente permanente no pensamento ou no comportamento que ocorre simplesmente como resultado do amadurecimento, sem levar em conta as experiências particulares.
Outros, no entanto, enfatizam a importância da aprendizagem, que se refere a qualquer mudança relativamente permanente no pensamento, como resultado da experiência.
A hipótese do desenvolvimento cognitivo geralmente considerada mais abrangendo reside na Epistemologia Genética, codificada, sobretudo, por Jean Piaget.
Embora determinados aspectos dessa doutrina tenham sido questionados e, em alguns casos, refutados, sua influência é imensa. Em verdade, seu contributo mais relevante consiste mais na influência em pesquisa posteriores do que por sua exatidão máxima (STERNBERG, 2000).
Dessarte, para entender a inteligência, raciocinava Piaget, a investigação deve ser dupla: observar o desempenho de uma pessoa e considerar também por que esta pessoa assim se desempenhava, incluindo os tipos de pensamento subjacentes às ações da mesma.
Embora Piaget usasse a técnica de pesquisa da observação, grande parte de sua pesquisa era também uma exploração lógica e filosófica de como o conhecimento se desenvolve, desde formas primitivas até sofisticadas, acreditava que o desenvolvimento ocorre em estágios que evoluem pela equilibração
Neste as crianças procuram um balanço entre o que encontram em seus ambientes e as estruturas e os processos cognitivos que levam a esse encontro, bem como entre as próprias capacidades cognitivas. A equilibração envolve três processos.
Em algumas situações, o modo de pensamento e as estruturas mentais existentes na criança são adequados para enfrentar e adaptar-se aos desafios do ambiente; ela está, destarte, em um estado de equilíbrio.