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VÍDEO: Motorista do caminhão estava sob efeito de cocaína e rebite, conclui inquérito

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A conclusão do inquérito policial aberto para investigar as causas do grave acidente entre um caminhão e um ônibus com alunos vindos de Santa Cecília em fevereiro foi divulgada na manhã desta terça-feira, 26, pelo delegado Fabiano Locatelli, em entrevista coletiva.

De acordo com as investigações, o motorista do caminhão estava sob efeito de drogas. Nos outros dois motoristas, tanto do ônibus quanto do Palio que também estava envolvido no acidente, nada foi constatado.

“Conseguimos comprovar que esse motorista, Danilo de Souza Kubis, no momento do acidente, estava com a sua capacidade psicomotora alterada em virtude da influência de drogas, sendo Clobenzorex, que é um derivado do rebite, anfetaminas e estimulam o sistema nervoso central, e também sob efeito de cocaína. Isso certamente influenciou na atitude que ele tomou de ingressar na contramão da direção, vindo a colidir frontalmente com esse ônibus sobre a ponte do Rio Castelhano”, afirmou Locatelli.  

A velocidade do caminhão também não era compatível com a via. Já as do Palio e do ônibus estavam de acordo com a legislação de trânsito para aquele local. “A velocidade dos veículos, que pôde ser aferida através do tacógrafo. No ônibus, esse equipamento não estava com o funcionamento regular, já que os discos não foram substituídos, mas, segundo os depoimentos testemunhais das pessoas que estavam dentro do veículo quanto de outros que trafegavam pela via, o ônibus vinha desde o início do trajeto em velocidade regular e não estava em velocidade excessiva. Já com o tacógrafo, foi possível verificar a velocidade do caminhão que, momentos antes do acidente, chegou a 84 km/h, logo antes do acidente. Em alguns trechos, ele chegou a imprimir uma velocidade de 104 km/h. Pela análise do tacógrafo, determinamos que ele permaneceu parado no posto Brasília, às margens da SC 350, em torno de meia hora antes de seguir viagem. Depois, transitou por 2,5 quilômetros até o local do acidente. Nesse trajeto, ele chegou a velocidade de 104 km/h, alterando às vezes. No momento do impacto, registrou 45km/h, depois de uma extensa frenagem. Então, pouco antes ele estava a aproximadamente 84 km/h”, completou o delegado.

Locatelli afirmou ainda que as investigações tiveram acesso às imagens originais de câmeras de segurança. “Essas imagens nos possibilitaram verificar que o Palio trafegava à frente do caminhão em velocidade compatível com aquele trecho e em momento algum parou, o que nos leva a crer que esse caminhão, ao se deparar com o Palio em velocidade menor, tirou no sentido oposto para ultrapassar, vindo a colidir com o ônibus. Isso tudo em virtude da capacidade psicomotora alterada por causa das substâncias químicas ingeridas”, acrescentou o delegado.

Se não tivesse morrido, Danilo seria indiciado pelo acidente. “Não temos dúvida de que o responsável pelo acidente foi o motorista do caminhão que faleceu na ocasião, tendo em vista vários fatores, um deles a velocidade, ter ingressado no sentido oposto. Ele abriu para ultrapassar já na reta da ponte. Pelas circunstâncias, sinais de frenagem e tudo que conseguimos reunir na investigação, o caminhão vinha em velocidade superior e, quando virou a curva viu o Palio e abriu para a ultrapassagem, bateu na lateral traseira do Palio e, em seguida, no ônibus. Isso também é o relato de testemunhas presenciais que trafegavam na via. Ninguém entendeu porque o caminhão vinha na contramão, principalmente porque o ônibus tem um porte expressivo e não teria como Danilo não ter visto. Acredito que por causa das drogas ele não teve discernimento para saber se dava tempo para concluir a ultrapassagem”, finalizou Locatelli.

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