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As funções de apoio à docência – Considerações finais X I

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Um dos pontos positivos contidos na legislação relacionada à formação dos profissionais da educação em nível superior, e que merece ser destacado, diz respeito à necessidade de desenvolver uma série de competências.

 As diretrizes curriculares dos cursos superiores devem focar o desenvolvimento de competências, tais como o comprometimento com os valores estéticos, políticos e éticos, domínio dos conteúdos a serem socializados, de seus significados em diferentes contextos e de sua articulação interdisciplinar, domínio do conhecimento pedagógico, incluindo as novas linguagens e tecnologias, gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional, etc.

Entretanto, ainda que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (BRASIL, 1996) tenha delimitado um plano de carreira para os educadores, bem como tenha estabelecido as diretrizes para a formação dos profissionais da educação em nível superior, na rede pública da educação básica o perfil atual dos profissionais aponta para a falta de qualificação e motivação no exercício da docência.

Portanto, é necessário tratar a formação continuada dos educadores de forma mais adequada.

Embora a educação continuada esteja prevista na LDB, na prática não se tem observado melhoria da motivação por parte dos educadores.

Nesse sentido, propõe-se o emprego da educação corporativa, como contribuição proporcionada pela Gestão de Pessoas.

 A educação corporativa, focando o desenvolvimento de competências e habilidades, propostos no âmbito da legislação vigente, possibilita a obtenção do comprometimento dos profissionais da educação, além de desenvolver nos mesmos a capacidade de trabalhar em equipe.

Também os programas de motivação e comprometimento organizacional, a abordagem da gestão de competências e a política de avaliação de desempenho, os quais vêm sendo amplamente implementados nas organizações empresariais, podem ser adaptados, em parte, às necessidades das instituições escolares de educação básica para que se obtenha uma maior qualidade no ensino.

Não basta se preocupar simplesmente com a qualidade na formação dos profissionais de educação. As políticas educacionais devem assegurar medidas que motivem e comprometam os funcionários com a educação. Um professor jamais poderá motivar seus alunos para a aprendizagem, caso ele mesmo não esteja motivado para realizar suas funções enquanto educador.

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

CARVALHO, Maria de Lourdes Ramos da Silva. A função do orientador educacional. São Paulo: Cortez e Moraes, 1979.

 

FACULDADE POLITÉCNICA. Inspeção escolar: formação, identidade e práticas pedagógicas. Disponível em: <http://www.facpoli.edu.br/pos_grad/inspescol.php>. Acesso em: 21 mar. 2012.

 

FERREIRA, Naura Syria Carapeto; OLIVEIRA, Mabel Tarré de. Profissionais da educação: administração, políticas e práticas da formação. In: Simpósio Brasileiro da Administração da Educação, 16., 1993. Anais… Rio de Janeiro: ANPAE, 1993.

 

FOLBERG, Maria N. Orientação educacional em questão. 2. ed. Porto Alegre: Movimento, 1986.

 

GRINSPUN, Mirian P. S. Zippin. A orientação educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

 

__________, Mirian P. S. Zippin. O espaço filosófico da orientação educacional na realidade brasileira. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1992.

 

______. Professor ou pesquisador? A busca da formação do educador. In: SOUZA, Donaldo Bello de; GAMA, Zacarias Jaegger (Org.) Pesquisador ou professor? O processo de reestruturação dos cursos de pós-graduação em educação no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Quartet, 2002.

 

LÜCK, Heloísa. Ação integrada: administração, supervisão e orientação educacional. 18. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.

 

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