Francisco Wanderley Luiz explodiu uma bomba perto da própria cabeça, no atentado em Brasília, na noite de quarta-feira
O corpo de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como homem-bomba, responsável pelo atentado terrorista em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de novembro, foi cremado nesta sexta-feira (6) no Cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás. Uma breve cerimônia foi realizada, marcando o fim trágico de um ato de violência que chocou o país.
De acordo com a perícia, o lado direito da cabeça de Luiz foi gravemente afetado pela explosão, com fraturas extensas e perda de partes dos dedos da mão direita. O homem, conhecido por suas ideias extremistas e adesão a teorias da conspiração, como o QAnon, havia planejado o ataque há algum tempo e demonstrava ódio contra instituições democráticas e figuras políticas.
Nas redes sociais, Luiz compartilhava frequentemente conteúdos extremistas e propagava discursos de ódio contra o STF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes políticos. Em suas postagens, ele expressava apoio a grupos de extrema direita e defendia a violência como meio para alcançar seus objetivos.
No dia do atentado, o homem-bomba entrou na Câmara dos Deputados usando uma vestimenta que remetia ao personagem Coringa, um vilão do universo Batman conhecido por suas ações violentas e psicopatas. Após detonar o explosivo em frente ao STF, Luiz morreu em decorrência dos ferimentos.
O caso reacendeu o debate sobre a disseminação de discursos de ódio nas redes sociais e a necessidade de combater a radicalização violenta. As autoridades investigam as motivações do autor e buscam identificar possíveis conexões com outros grupos extremistas.
